Agronegócio

Olericultura é opção à diversificação

Produtores receberam orientação técnica para desenvolver atividades ligadas à olericultura

Olericultura é opção à diversificação

Atendendo um grupo de 11 agricultores familiares interessados em conhecer práticas e métodos alternativos de cultivos agroecológicos, foi realizada uma tarde de olericultura na propriedade do agricultor Jacir de Almeida, localizada na Linha Ouro Verde, no município de Matelândia. O trabalho foi desenvolvido por intermédio da Biolabore (Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná), apoiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável da Itaipu Binacional.

Na ocasião, áreas (talhões) com exemplos foram visitadas. Entre elas, uma separada por barreira de contenção, área de pousio com vegetação (invasoras nativa) e, plantio de nabo forrageiro, objetivando a melhoria de solo (favorável, por exemplo, para prosseguimento com cultivo de temperos, tais como salsinha e cebolinha). Em outro talhão, com cultivo de mandioca, os presentes observaram que, após dois anos de correção do solo com mucuna cinza (tipo de adubo), a terra que, há quatro anos era considerada degradada, após dois anos já apresenta melhora significativa.

A utilização de insumos orgânicos, como esterco de aves, resíduos de galhos e folhas trituradas, calcário, cinzas e fosfato natural (yoorin), foi outra prática apresentada nas oficinas explicativas, com excelentes resultados nos níveis de balanceamento de nutrientes às culturas.

A produção própria de mudas de olerículas em bandejas, em pequena estufa, com melhores resultados e redução dos custos de produção foi outro ponto destacado. “Todos os insumos naturais gerados pela própria natureza propiciaram sanidade para as plantas e para o próprio ecossistema dando isenção ou quase na totalidade, de pragas e doenças e gerando um alimento saudável e altamente rico em nutrientes”, explica Darí Vargas, técnico em agropecuária.

Vargas destaca que, duas áreas revestidas com cobertura morta, uma com alecrim e outra com alho, assim como cultivos com cobertura em estufa e ao céu aberto, também foram pontos importantes apresentados e bem aceitos pelos participantes.

Além das culturas já citadas, uma boa diversificação com cultivos de olerículas (alface, almeirão, rabanete e rúcula), objetivam o fornecimento à merenda escolar. “Salsinha e cebolinha também tem esta destinação, porém, a maior parte da produção é dirigida para o Ceasa de Foz do Iguaçu”, destaca Vargas.

Vale salientar, conforme o técnico, que na área total, com pouco menos de 5 hectares, o agricultor utiliza as tecnologias renováveis geradas na propriedade e de baixo custo, práticas essas do desenvolvimento rural sustentável.