BEIRUTE ? Uma coalizão de grupos insurgentes iniciou nesta sexta-feira uma ofensiva para romper o cerco do Exército sírio aos bairros rebeldes de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. Ao menos 15 civis morreram e mais de cem ficaram feridos pelos foguetes disparados pelos rebeldes contra os bairros do oeste da cidade, sob controle do regime, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
? Todas as facções da Jaish al-Fatah (a coalizão dos principais movimentos jihadistas e islamistas) anunciam o início da batalha para romper o cerco de Aleppo ? disse à agência AFP Abu Yusef al-Muhajir, comandante militar e porta-voz do grupo islamita rebelde Ahrar al-Sham.
Os bombardeios foram acompanhados por violentos combates perto das zonas governamentais de Aleppo, onde ocorreram muitos atentados suicidas em um posto de controle em Dahiyet al Assad, um bairro ocidental, indicou o OSDH. De acordo com o grupo de monitoramento, com sede em Londres, os insurgentes enviaram vários carros-bomba para a área sob domínio do regime.
Uma fonte militar síria disse que um ataque insurgente havia sido frustrado. De acordo com informações de uma TV estatal, o Exército tinha destruído quatro carros-bomba.
A ONG também registrou disparos de foguetes no aeroporto militar de Nayrab e no aeroporto internacional de Aleppo, situado nos arredores da cidade, mas controlado pelo governo.
Desde julho de 2012, Aleppo, que já foi a capital econômica do país, está dividida em duas: a zona leste com bairros sob controle dos rebeldes e a zona oeste, controlada pelo regime.
O controle de Aleppo se converteu há meses em uma questão chave na guerra que devasta o país desde 2011 e que deixou 300 mil mortos até agora.
DEZ MORTOS EM LATAKIA
Por sua vez, no Oeste do país, os insurgentes da província rebelde de Idlib lançaram ataques contra a região de Latakia, um reduto do regime, que deixaram um morto e 10 feridos.
Vários foguetes atingiram o aeroporto de Hmeimim, situado ao sul da cidade de Latakia e utilizado pelo exército russo, aliado do regime.
A cidade de Qardaha, de onde procede a família Assad, também foi atacada com foguetes, disse o OSDH.
