Cotidiano

Oeste ainda não cadastrou 12,4 mil imóveis no Cadastro Rural

Faltando 66 dias para seu encerramento, não há precedentes para a prorrogação

Assis Chateaubriand – O prazo para efetuar o Cadastro Ambiental Rural expira em 5 de maio e 12.413 imóveis ainda precisam ser regularizados no Oeste. O cadastramento, que iniciou em maio de 2014, foi prorrogado em 2015 por mais um ano, principalmente pela baixa adesão, mesmo que obrigatória. Faltando 66 dias para seu encerramento, não há precedentes para a prorrogação.

Na região, 52.489 propriedades precisam ser incluídas no Sicar (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural). Conforme dados do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), atualizados até 11 de fevereiro, 40.076 imóveis já haviam sido regularizados. Os 30% faltantes, caso não se adequem até o fim do prazo, perdem benefícios como créditos e financiamentos agrícolas.

O município com maior número de imóveis cadastrados no Oeste é Assis Chateaubriand, que no Paraná, lidera a lista desde quando o sistema foi disponibilizado aos posseiros. Das 4.826 propriedades que devem ser cadastradas, 68,13% ou 3.228 imóveis estão regulares.

No Paraná

A área passível para cadastramento no Paraná é de 15.391.782 hectares, segundo boletim do IAP, e desses 7.727.063,51 já foram cadastrados, número que equivale a 50,20% do total. Em área regularizada, o Estado ocupa a 10ª colocação no País. O ranking é liderado pelo Mato Grosso, com quase 60 milhões de hectares incluídos no CAR.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), vinculados ao Sicar, o total de imóveis a serem incluídos no cadastro em todo o Estado é de 371.063, referente a dados de 2015. Desse universo, 202.099 ou 54,46% das propriedades rurais foram cadastradas.

No entanto, levantamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), de 2012, tem registrado 532.840 imóveis, o que reduz o total de cadastramentos no Paraná para 37,92%. A diferença, de acordo com o IAP, ocorre pela forma de comprovação das propriedades, ou seja, parte desse total não possui registro.

“O CAR vem para mostrar uma situação real de posses rurais em todo o Estado. Com o cadastramento, será possível chegar a um número exato”, esclarece o Instituto.