Cotidiano

Ocupação na UFC adia Enem para mais 500 candidatos, em Fortaleza

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FORTALEZA – Os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que chegarem à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, para fazer a prova neste sábado encontrarão portas fechadas para eles. A instituição seria local da avaliação para 500 participantes, mas uma ocupação de estudantes que começou nesta sexta-feira tornou inviável a aplicação do exame. Ainda não houve uma divulgação oficial sobre este cancelamento, mas o vice-reitor da UFC, Custódio Almeida, confirmou a situação em entrevistas à imprensa local.

Esses 500 candidatos terão de fazer o exame nos dias 3 e 4 de dezembro. Conforme divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Educação (MEC), mais de 240 mil participanntes estão nessa situação. Eles fariam a avaliação neste fim de semana em 364 escolas que, devido a ocupações de estudantes contra medidas do governo, ficaram impossibilitadas de receber o Enem. Em entrevista coletiva, o ministro da Educação, Mendonça Filho, deixou claro que o número poderia aumentar no caso de novas ocupações.

Os estudantes protestam, principalmente, contra a PEC 241, que limita os gastos do governo, e a Medida Provisória de reforma do ensino médio. A UFC não estava na lista divulgada nesta sexta pelo MEC porque a ocupação começou na própria sexta de manhã. Em nota divulgada pelo Facebook, o Diretoria dos Centros Acadêmicos da UFC diz que “Não podemos aceitar a tentativa do governo federal, através do MEC, de dividir os estudantes do Brasil, utilizando o Enem como instrumento de instabilizacão dos legítimos movimentos dos estudantes pelo Brasil”.

Espera-se que a lista de 364 locais de prova impossibilitados de receber o Enem aumente neste fim de semana, com ocupações que não haviam sido informadas ao MEC até a manhã de sexta. A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), por exemplo, está parcialmente ocupada desde a noite de quinta-feira. Os estudantes, acampados no prédio da Reitoria, dizem que o movimento não vai atrapalhar a aplicação do exame, mas a coordenação local do Enem ainda não se posicionou a respeito.