Cotidiano

OCDE: economia brasileira deve crescer 1,9% em 2018

Paris – A economia brasileira deve sair da recessão este ano e aumentar o ritmo de crescimento em 2018 e 2019, segundo projeções da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgadas ontem em Paris. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) neste ano permaneceu em 0,7%.

Para 2018, a projeção subiu de 1,6% para 1,9%. Para a organização, em 2019 a economia vai crescer mais, chegando a 2,3%. Em 2016, a economia brasileira registrou retração de 3,6%.

A OCDE destacou que, depois de oito trimestres consecutivos de queda, houve finalmente retomada do crescimento. “Inicialmente impulsionada pela agricultura, a recuperação agora parece cada vez mais ampla”, diz o relatório de perspectivas econômicas.

Para a OCDE, a expectativa é de que o crescimento se intensifique, embora a confiança seja sensível à evolução política. A organização também destaca que a inflação está abaixo da meta, que tem centro em 4,5%. Isso permite taxas de juros menores, o que vai dar suporte à recuperação dos investimentos.

“O crédito para as empresas continua a cair, mas o desemprego começou a diminuir”, diz o relatório.

A OCDE afirma ainda que a Reforma da Previdência é crucial para assegurar o cumprimento da regra do teto dos gastos públicos e promover a sustentabilidade fiscal.

A projeção da OCDE para o crescimento da economia mundial é de 3,6% este ano, com aumento para 3,7% em 2018 e leve redução para 3,6% em 2019.

Sobe confiança do consumidor

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) subiu 3,1 pontos em novembro, atingindo 86,8 pontos, o maior nível desde outubro de 2014, quando chegou a 91,1 pontos. Quando a comparação se dá com o mesmo período no ano passado o avanço é ainda mais significativo: 8,9 pontos.

Os dados são da pesquisa Sondagem de Expectativa do Consumidor, divulgada ontem pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Em consequência, o ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,3 ponto, a quarta elevação mensal consecutiva, atingindo 74,5 pontos, o maior nível desde de junho de 2015, que teve 74,9 pontos; enquanto o Índice de Expectativas subiu de 4,2 para 96 pontos, nível mais alto desde de abril de 2014, que chegou a 99,9 pontos.

A edição de novembro de 2017 coletou informações de 1.907 domicílios entre os dias 1º e 23 de novembro. A próxima divulgação da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 22 de dezembro de 2017.