Cotidiano

Obama oferece apoio estratégico a Erdogan após atentados em Istambul

WASHINGTON — O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu nesta quarta-feira apoio estratégico dos Estados Unidos à Turquia, depois do atentado que matou 41 pessoas e feriu outras 239 no aeroporto de Istambul. É o sexto ataque terrorista em seis meses no país.

Obama ligou para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para expressar “suas mais sentidas condolências em nome do povo americano”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, aos jornalistas que viajam com o presidente americano a Ottawa.

— Na ligação, ele ofereceu todo o apoio que beneficie os turcos enquanto conduzem as investigações — acrescentou. — Qualquer informação que obtivermos e que possa ser usada pela Turquia para a investigação, obviamente que vamos compartilhá-la.

Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria do ataque até o momento, as autoridades turcas culparam o Estado Islâmico (EI). A Turquia faz parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos que luta contra o grupo jihadista em Iraque e Síria.

Previamente, a Casa Branca condenou o “ataque atroz” no aeroporto de Istambul e declarou apoio à Turquia.

“Continuamos firmes em nosso apoio com a Turquia, nosso aliado da Otan e parceiro, junto com todos os nossos amigos e aliados no mundo, assim como continuaremos enfrentando a ameaça do terrorismo”, disse em um comunicado.

Assim como a Turquia, Earnest sugeriu responsabilidade do Estado Islâmico, argumentando que pode ser uma reação dos jihadistas no momento em que a coalizão dos EUA registra importantes conquistas no Iraque e na Síria.

Ele acrescentou que Obama poderia se encontrar com Erdogan em algum momento durante a próxima reunião da Otan, que será realizada entre os dias 8 e 9 de julho, em Varsóvia.

Earnest afirmou ainda que a questão será tratada por Obama durante sua reunião de quarta-feira com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

— Isso é algo que certamente estará na cabeça dos três líderes norte-americanos — indicou o porta-voz, referindo-se à anual cúpula chamada de “Três Amigos”, na qual participam os chefes de Estado dos países que integram o Tratado de Livre Comércio da América do Norte.