Cotidiano

Obama homenageia vítimas de Orlando e pressiona Senado

ORLANDO — Após um aguardado encontro a portas fechadas com sobreviventes e parentes de vítimas do massacre que matou 49 pessoas na boate gay Pulse, o presidente, o presidente americano, Barack Obama pressionou o Senado para que a Casa aprove uma legislações que dificulte o acesso a armas para pessoas com históricos criminais, sejam investigadas por terrorismo ou que possuam histórico de instabilidade psíquica. Obama e seu vice-presidente, Joe Biden, desembarcaram nesta quinta-feira em Orlando para oferecer seu apoio aos sobreviventes e às famílias.

Quatro dias após o massacre, Obama foi recebido por autoridades locais na chegada a Orlando. Ele recebeu uma camiseta com as cores do arco-íris do prefeito da cidade, Buddy Dyer.

Na viagem, o presidente reafirmou que o país está ao lado da população de Orlando e da comunidade LGBT, diante das famílias das vítimas, para quem ofereceu condolências. Obama e Biden depositaram flores em um memorial no local.

— Estas famílias são parte da família americana. Nossos corações também estão destroçados — disse o presidente a repórteres. — Como um doutor disse uma vez, “depois do pior da Humanidade, o melhor dela chega rugindo de volta”.

A agenda presidencial ainda inclui um encontro com as equipes de emergência, médicos, enfermeiros e paramédicos que socorreram as vítimas do atentado terrorista.

Depois do encontro a portas fechadas, ele disse em pronunciamento que o Senado deve se prontificar a agir por restrições ao comércio irrestrito de armas.

— Se não agirmos, veremos mais massacres como este porque estaremos escolhendo deixar que aconteçam. Os congressistas devem mudar o debate sobre as armas, colcoar-se à altura e votar a favor de propostas que a limitem (a venda).

Pressionados após o ataque, senadores republicanos se comprometeram nesta quinta-feira a votar medidas que podem instituir restrições à venda de armas no país. A decisão é considerada uma pequena vitória para os democratas, que vinham tentando avançar um projeto de lei limitando o acesso a armas de suspeitos de terrorismo.

Em Orlando e seus arredores, as vigílias e funerais começaram na quarta-feira. No estádio da cidade, o Camping World Stadium, onde foi instalado um centro de assistência aos sobreviventes e parentes das vítimas, dezenas de pessoas vieram em busca de ajuda para lidar com os diversos procedimentos administrativos necessários. Obama manda mensagem à comunidade gay: 'Não vou deixar o terrorismo vencer'

O maior ataque armado da História dos Estados Unidos foi cometido por um americano de origem afegã. Omar Mateen foi morto durante um tiroteio com a polícia na própria boate.O massacre reviveu o debate sobre a venda controlada de armas de fogo, que há anos opõe republicanos e democratas.

O assassino, que foi alvo no passado de investigações por supostas ligações com redes extremistas, comprou legalmente as armas utilizadas no ataque, um fuzil e uma pistola. Homenagens às vítimas do ataque em Orlando