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O reencontro de Murray, Djokovic, Federer e Nadal num Grand Slam

Muito mais que o primeiro Grand Slam da temporada, o Aberto da Austrália, que começa hoje, às 22h (pelo horário de Brasília), marca o reencontro, após um ano, de quatro dos principais tenistas da história. Afinal, desde a última edição do torneio em Melbourne que o escocês Andy Murray, líder do ranking, o sérvio Novak Djokovic, número 2, o espanhol Rafael Nadal (9º) e o suíço Roger Federer (17º) não disputam o mesmo Slam. A ESPN transmite.

E o fato de o quarteto mágico estar reunido no mesmo Grand Slam costuma ser sinônimo que um deles erguerá o título. Desde a primeira vez em que eles disputaram juntos um dos quatro mais importantes torneios do circuito, no caso, Wimbledon-2005, foram 35 torneios e 32 vitórias.

Neste quesito, chama a atenção o domínio de Nadal (11 troféus), Federer (10) e Djokovic (10), contra apenas um de Murray. E é curioso notar que o espanhol, mesmo tendo ficado de fora de seis Grand Slams desde o início de 2006 (Wimbledon em 2009 e 2016, os US Open de 2012 e de 2014 e os Aberto da Austrália de 2006 e 2013) permanece no topo dos confrontos deles.

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Desde seu último título, em Roland Garros, em 2014, Nadal, hoje com 30 anos, nem sequer chegou a alguma semifinal de Slam. Seus melhores resultados de lá pra cá, em oito torneios, foram as quartas de final na Austrália e em Paris, no ano seguinte.

Federer, aos 35, nos últimos Grand Slams, foi superior ao espanhol: chegou à final em Wimbledon em 2014 e 2015 e à decisão do US Open há dois anos. Ainda assim, o recordista neste nível de torneio não ergue um troféu de Slam desde Wimbledon de 2012.

Ano passado, os dois mais experientes do quarteto sofreram com lesões: Federer operou o joelho esquerdo, teve problemas na coluna e ficou de fora de Roland Garros, interrompendo um recorde de 65 participações seguidas em torneios deste nível. Também em 2016, o gênio suíço deixou de jogar o US Open. Já Nadal contundiu o punho esquerdo.

ERA DE MURRAY E DJOKOVIC

Enquanto o suíço e o espanhol parecem cada vez mais distantes de voltarem a se enfrentar em uma final de Grand Slam (a última foi Roland Garros, em 2011), Murray e Djokovic, ambos aos 29 anos, vivem momento totalmente oposto. Em 2015, o sérvio chegou às quatro finais e ganhou três. Ano passado, foram três decisões, com o hexa na Austrália e o inédito troféu francês.

Ainda em busca do primeiro título na Austrália (foi vice cinco vezes, incluindo os últimos dois anos), o escocês chegou a três finais em 2016: venceu Wimbledon e perdeu em Paris (tal como em Melbourne, para Djokovic). Resta saber se, dia 29, data da final, Murray dará o troco, ou se uma zebra vai cruzar o caminho.