BRASÍLIA – Para uma plateia de empresários, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de limite dos gastos públicos. Disse que se a proposta tivesse sido aprovada há dez anos, as despesas já teriam caído pela metade. Afirmou que não há alternativa à medida e que a situação fiscal do estado do Rio de Janeiro reforça a necessidade de reformas.
? O que está acontecendo no Rio de Janeiro é didático ? frisou o ministro durante o encontro na Confederação Nacional da Indústria (CNI), que ainda reforçou:
? Mostra que alguém tem de pagar (a conta do descontrole de gastos e da previdência social).
O ministro ressaltou que o Brasil vive uma recessão maior que a dos anos 30. Disse que é preciso reconhecer o tamanho da crise para ser otimista. Meirelles afirmou que o Brasil voltará a crescer lentamente no ano que vem, mas tem condições de voltar a ter um crescimento potencial (aquele considerado saudável porque não aumenta a inflação) de 3% ao ano nos próximos anos.
Ao defender a aprovação da PEC do teto dos gastos, o ministro disse que de tempos em tempos, o país vive uma crise, mas essa é mais grave e mais séria. Seu discurso para os empresários estava focado em gastos públicos e, sem levar em consideração o Plano Real (que debelou a superinflação nos anos 90), ele afirmou:
? Pela primeira vez em três décadas, o Brasil está enfrentando o problema central da economia.
