A competição estava marcada para de 2 a 5 de dezembro, no Kartódromo Speed Park, em Birigui, no interior de São Paulo. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo). No mesmo comunicado, a FIA informou que a competição será disputada na Espanha, de 29 a 31 de outubro, em kartódromo ainda a ser escolhido.
Na verdade já era previsível que o Mundial no Brasil seria cancelado, em função da resistência das equipes européias em virem para o Brasil, mesmo tendo todas as despesas de transporte pagas pelo Speed Park. A alegação para o cancelamento foi a pandemia do coronavírus.
O brasileiro Felipe Massa, presidente do CIK/FIA, órgão da FIA que cuida do kart, lamentou o cancelamento do campeonato e no fim da tarde circulava rumores de que ele poderá renunciar ao cargo. No entanto, cabe um esclarecimento de que no fim do ano haverá eleição para a FIA e já era certo de que Massa não continuaria no cargo. Mas o cancelamento não deixa de ser uma derrota para ele e para Giovanni Guerra, presidente da CBA, que apostaram tudo no Mundial. Giovanni usou o Mundial e (segundo ele) a amizade com Jean Todt, presidente da FIA, como bandeira para convencer as federações do Nordeste a apoiá-lo para eleição da CBA, contra o paranaense Milton Sperafico. Agora fica o fiasco e os prejuízos para Ricardo Gracia, dono do Speed Park, e para os pilotos brasileiros que fizeram Carteira Internacional e não vão usar, equipamentos comprados para o Mundial e custos com treinos no Speed Park desde o ano passado. Massa e Giovanni agora entenderam que para europeus, não há amizades, há interesses deles. Quem sabe agora o presidente da CBA esquece um pouco o chamado padrão FIA e passa a concentrar suas energias no Brasil. Se investir metade do tempo, energia e dinheiro que iria investir no Mundial no Campeonato Brasileiro de Kart, em breve poderemos ter de 700 a 1000 participantes na competição nacional.
