Política

O gigante custa caro

R$ 40 mil por mês mesmo quando não é usado. Esse é o valor que o Estádio Olímpico Regional de Cascavel custa aos cofres públicos do Município. Por conta do gasto gerado e de uma série de problemas, a administração pretende fazer uma concessão pública do espaço. Ou seja, “entregar” o gigante para outra empresa bancar, já que o Município está sem condições. “Estamos funcionando graças a um Termo de Ajuste de Conduta. Ficou um monte de coisa para trás na reforma? Não foi previsto um plano de segurança. Não podemos receber mais de 10 mil pessoas por não ter um sistema de monitoramento. No jogo do Inter, por exemplo, nós só abrimos com o apoio da Polícia Militar”, afirma o diretor da Secretaria de Esportes, Léo Mion.

“Gastaram muita grana para reformar um poço artesiano que não dá pra usar a água. Em vários pontos, teve dinheiro jogado fora”, lamenta.

Em outubro deste ano, a prefeitura teve de fazer uma licitação para compra de cadeiras do banco de reserva, acompanhantes e obesos. E para completar a série de problemas, a empresa responsável pela obra, Dalmina Construções, deve entrar com uma ação contra a Prefeitura. “Passou o prazo de um ano, a gestão passada não concedeu reajuste e vai sobrar para nós. Não concedemos, mas, entrando na Justiça provavelmente a empresa vai ganhar”, conta.

Cadeiras

A compra de cadeiras para arquibancada, que inclusive gerou uma investigação por parte da Comissão de Viação e Obras Públicas da Câmara de Vereadores de Cascavel [leia mais no Giro Político, na página 3], foi um dos maiores erros. Só 3.500 cadeiras das 10 mil adquiridas foram usadas. O pior é que a atual gestão nem consegue devolver os itens. “Isso porque a direção da Secretaria de Esportes, na época, deu uma declaração à empresa dizendo que todos os itens estavam em perfeitas condições”, lamenta. A proposta é reaproveitar os assentos na reforma de outros ginásios e estádios da cidade.