Cotidiano

O custo da tarifa

O preço tarifa do transporte público é uma das constantes reclamações dos usuários do sistema em Cascavel. Hoje, o valor está em R$ 3,55. O custo, no entanto, poderia ser bem maior caso não existisse a bilhetagem eletrônica.

De acordo com Alsir Pelissaro, presidente Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito), se houvesse cobradores nos veículos, a tarifa atual não seria inferior a R$ 3,70. “Sem o cobrador foi possível não reajustar a esse preço” diz.

Ele lembra ainda que sem os funcionários foi possível o preço atual, pois se o agente de bordo – outra função em discussão – fosse aprovado à tarifa passaria dos R$ 4. As empresas que operam o transporte afirmam que não houve demissão em massa e “boa parte dos cobradores foram remanejados para outras funções dentro das empresas, como vários se tornaram motoristas”.

Mas, comparado a Maringá, por exemplo, a passagem pode ser considerada alta. Na cidade da região Noroeste, já há integração temporal e o BRT (Bus Rapid Transit). A cidade possui uma frota de 262 veículos que operam 65 linhas. Já em Cascavel são 154 ônibus operando 54 linhas. A empresa Cidade Canção, responsável pelo transporte em Maringá, também não possui cobradores nos ônibus, mas lá o preço da passagem é de R$ 3,40.

Sem conforto

Os ônibus do transporte coletivo de Cascavel não são dotados de aparelho de ar condicionado. Há alguns anos, quando os veículos articulados faziam as linhas entre os terminais, os passageiros desfrutavam desse conforto. O retorno dos articulados é descartado pela Cettrans, por questões econômicas. “O custo é muito alto, o ar condicionado também consome combustível, é isso poderia encarecer a passagem” afirma Pelissaro.