Esportes

O balanço da primeira semana da Olimpíada

RIO – Cariocas e turistas enfrentaram longas filas para entrar e até fazer lanche nas arenas, onde a cor da água do Maria Lenk foi um dos micos olímpicos. Já a organização no Galeão, a diversão na Orla Conde e a beleza da cerimônia de abertura foram elogiadas. Confira abaixo o que ficou em alta e o que ficou em baixa na primeira semana da Rio-2016.

EM ALTA

Aeroporto

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Principal portão de entrada de turistas e atletas na Olimpíada, o Aeroporto Internacional Tom Jobim passou bem na prova dos primeiros dias. Equipamentos como elevadores e escadas rolantes, dor de cabeça no passado, funcionaram. Delegações desembarcaram sem transtornos, e não houve problema com a chegada dos cavalos do hipismo. A estimativa é que 1,5 milhão de passageiros circulem pelo Galeão até a Paralimpíada.

Cerimônia

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A festa de abertura no Maracanã encheu de orgulho o público e quem assistia a tudo pela TV. O espetáculo emocionou ao contar a história da formação do povo brasileiro e rendeu muitos aplausos com a entrada de Gisele Bündchen ao som de ?Garota de Ipanema”. Dirigida por Andrucha Waddington, Daniela Thomas e Fernando Meirelles, a cerimônia também agradou pela homenagem à MPB e pela ênfase na sustentabilidade.

Telefonia

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Apesar da grande quantidade de pessoas acompanhando as competições de celular em punho, o sistema vem funcionando normalmente no Parque Olímpico. Não foram registradas dificuldades para conseguir sinal de telefonia ou para acessar o Wi-Fi nas instalações, onde o público vem postando nas redes um mar de selfies. No Boulevard Olímpico, também não houve falhas no sinal, como é comum no réveillon.

Boulevard olímpico

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Virou o queridinho dos moradores da cidade e também de turistas. À noite, a Praça Mauá, onde há shows, tem ficado lotada. É onde também a ?pegação? rola solta. De dia, é grande o movimento de famílias percorrendo as atrações da área, como a Casa Brasil, a Casa da Coca-Cola e a da NBA. E quem vai ao local não perde uma selfie com a pira olímpica, mesmo com chuva. Ponto positivo também para os food trucks no Porto.

EM BAIXA

Piscina verde

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Uma das piscinas do Parque Aquático Maria Lenk, reservada para as provas de saltos ornamentais, ficou com a água verde na última terça-feira. A falha chamou a atenção do público e da imprensa internacional, virando piada nas redes sociais. A coloração também causou constrangimento ao Comitê Rio 2016. No dia seguinte, a organização disse que uma alteração no ph da água provocou a mudança na tonalidade.

Linha 4

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O público das competições noturnas vem penando com o transporte público. Por exemplo: as partidas no Maracanãzinho entram pela madrugada, mas quem chega à estação da Praça General Osório depois de 1h já não consegue mais embarcar na Linha 4 rumo à Barra. No sentido oposto, também houve problemas: um BRT chegou a ser usado para levar passageiros do Jardim Oceânico até a Zona Sul.

Alimentação

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A promessa era de comida farta e cerveja gelada. Mas não tem sido assim. Logo no começo, faltaram gente para atender e opções de lanche. Já filas, havia de sobra. Fora isso, o sistema de pagamento travou. Outra chateação eram os tíquetes comprados numa arena e não aceitos em outras. A situação melhorou ao longo da semana, com food trucks. As filas para entrar nas arenas também foram motivo de críticas no início.

Vazio nas arenas

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Uma das cenas que têm intrigado é a de arquibancadas vazias, mesmo em competições concorridas. Enquanto isso, a dificuldade para comprar ingressos é grande. Nas provas de remo, na Lagoa, o locutor chegou a fazer piada ao identificar duas torcedoras da Holanda, dizendo que havia o mesmo número de holandeses na competição e na torcida. Cambistas são apontados como os vilões da história.