Cascavel – No sábado (8) foi comemorado o Dia do Pedestre, mas os cascavelenses não tiveram o que comemorar. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, o número de atropelamentos nas ruas da cidade se manteve estável neste ano, mas o de mortes dobrou em relação a igual período do ano passado.
Ao longo de todo o ano de 2014 foram registradas cinco mortes na cidade, e em sete meses de 2015 já são quadro. O número de feridos no período caiu de 173 no ano passado para 167 neste ano.
De acordo com a diretora de educação e fiscalização e trânsito da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito), Vânia Müetzemberg, a grande quantidade de acidentes está diretamente associada à falta de atenção.
E isso não é somente dos pedestres, mas também dos motoristas. Quando falamos em trânsito, temos que entender que todos fazem parte de um conjunto.
Segundo ela, quando há mortes as pessoas costumam atribuir a culpa ao motorista.
Claro que ele tem um poder maior de ferir, mas temos que entender que o pedestre precisa fazer a parte dele.
Vânia ressalta que o uso do celular, causado principalmente pelo crescimento das redes sociais e do surgimento de aplicativos como WahtsApp, fez com que as pessoas passassem a andar pelas ruas sem prestar a devida atenção ao trânsito.
Basta sair nas ruas para ver.
Outro ponto citado por ela é a falta de atenção dos pais no cuidado com as crianças.
Até os 10 anos a criança não pode andar sozinha. Ela pode saber o trajeto de casa para a escola, por exemplo, mas tem a atenção desviada por qualquer coisa.
Vânia ressalta, ainda, que a rua não é lugar para se brincar.
Na maioria dos casos de atropelamento de crianças, as vítimas estão jogando bola ou andando de bicicleta. Existem locais específicos para isso e é imprescindível que os pais ou responsáveis respeitem isso.
(Com informações de Tissiane Merlak)
