Cotidiano

Novos rumos à eleição

A eleição da nova diretoria do Sinteoeste (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Superior do Oeste do Paraná), que ocorreu ontem, teve uma reviravolta ainda na véspera. Isso porque, no fim da tarde de segunda-feira (20) foi mantida uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho de Cascavel, que impugnou a Chapa 1 – Sinteoeste sempre na luta, da candidata Francis Mari Guimarães Nogueira.

Conforme a presidente da comissão eleitoral do Sinteoeste, Tatiana de Oliveira Borges, com o mandado de segurança negativo, foram excluídas as cédulas que continham os nomes dos membros da Chapa 1, e encaminhadas, ainda na madrugada de terça-feira (21), junto com as urnas, somente as cédulas que representavam a Chapa 2 – União, resistência nas lutas e respeito aos servidores.

O resultado oficial da eleição só será divulgado hoje. Porém, com a impugnação, qualquer contagem de votos válidos dá a vitória à chapa de oposição, encabeçada pelo servidor Giancarlo Tozo, que é enfermeiro no Huop (Hospital Universitário do Oeste do Paraná).

Nulos

Depois da decisão judicial, a candidata Francis e a atual presidente do Sinteoeste, Grace Kelly Bourscheid – esta candidata a vice para o próximo biênio – pediram em vídeo que circulou pelas redes sociais e aplicativos para que quem estivesse descontente com a impugnação que anulasse o voto. “Diante desse fato, conclamamos a todos os nossos eleitores para que compareçam às urnas […] e escrevam [na cédula] da seguinte maneira: chapa 1 e confirme com um X”, diz Francis em vídeo.

A candidata Francis foi procurada pela reportagem e disse apenas que não quer comentar o caso. A presidente do Sinteoeste, Grace, também foi procurada, mas não atendeu as ligações.

 

Entenda o motivo

O pedido de impugnação feito por um servidor do hospital ocorreu devido ao descumprimento do artigo 22, do estatuto do Sinteoeste, praticado pelos membros da Chapa 1.

O texto do artigo deixa claro que “os membros da diretoria poderão ser reeleitos, mas consecutivamente apenas uma vez”. O que pesou nesta situação foi o fato de oito membros da Chapa 1 concorrerem à terceira reeleição, embora não nos mesmos cargos, incluindo Grace e Francis, esta última ocupando a vice-presidência do sindicato nos últimos quatro anos.