Cotidiano

Nova Ferroeste recebe apoio das Cerealistas do PR

A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos

Ferroeste  - Alessandro Vieira/AEN
Ferroeste - Alessandro Vieira/AEN

 

 

 

Curitiba – O setor produtivo de grãos (soja e milho e trigo) pode ganhar novo fôlego com a execução do projeto da Nova Ferroeste. Essa é a aposta da diretoria da Acepar (Associação das Empresas Cerealistas do Paraná), que esteve reunida quinta-feira (24) com parte da equipe do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário. O presidente da entidade, Alberto Araújo, entregou ao coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, uma carta de apoio ao projeto.

A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos. Ao todo serão 1.304 quilômetros, que vão cortar o Oeste do Paraná, celeiro da produção de grãos. Um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina. Outra ligação de Cascavel com Chapecó, em Santa Catarina, está em fase de estudos.

“Os cerealistas representam quase 35% da produção do agronegócio paranaense. Um dos eixos do projeto sempre foi observar essa dinâmica do setor produtivo, razão pela qual o empreendimento é uma aposta entre os empresários”, disse Fagundes. “Com a redução do custo logístico as empresas vão poder fazer novos investimentos, isso também vai impactar o preço final dos produtos nas gôndolas”.

”Cada ano colhemos um volume maior e mais rápido de grãos, então precisamos de estruturas como as ferrovias, que são muito mais eficientes para escoar todo esse volume”, destacou o presidente da ACEPAR.

A entidade nasceu em 2003 e hoje congrega 27 empresas cerealistas do Paraná. Juntas, possuem 200 unidades de recebimento e estocagem de grãos, boa parte localizada próximo ao traçado da nova ferrovia. Países da Ásia e Europa são o principal destino da colheita paranaense. Só no ano passado a exportação representou 70% da movimentação entre os associados. “Com essa estrutura vamos poder programar melhor a exportação e a cadeia ganha como um todo”, reforçou Araújo.