BRASÍLIA – O ministro Ricardo Barros anunciou, nesta quarta-feira, as declarações numa coletiva de imprensa, a inclusão do antirretroviral Dolutegravir, apresentado como o “melhor tratamento do mundo para HIV/Aids”. Ele será destinado a todos os novos pacientes e a pessoas que já estão em tratamento, mas que apresentam resistência. A estimativa é ofertar a droga para 100 mil pessoas até 2017. No total, há 483 mil em tratamento no país.
O medicamento anunciado, segundo o ministério, provoca menos reações adversas em relação ao esquema de tratamento mais usual para novos pacientes, que é composto por um compromido 3 em 1 (Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz). Com a mudança, será retirado o Efavirenz da fórmula, responsável por quadros depressivos e alucinações. E adicionado o compromido de Dolutegravir.
Barros ressaltou que o Brasil só conseguiu incorporar a nova droga porque obteve um desconto de 70% na negociação com a Empresa GSK, fazendo o preço do medicamento cair de US$ 5,10 para US$ 1,50. Segundo o ministro, a droga será incorporada gradualmente até atingir todos que precisam. Conforme Barros, a quantidade de 100 mil atendidos em 2017 foi definida pela capacidade de produção da empresa, caso contrário o alcance poderia ser até maior.
Antes de o evento ser aberto para as perguntas dos jornalistas, Barros deixou a mesa. A assessoria alegou que ele tinha uma reunião com representantes de laboratórios públicos. Barros usou a agenda oficial para fazer eventos de campanha de aliados no interior do Paraná, segundo matéria da Folha de S. Paulo. Na ocasião, o ministro disse que o presidente Michel Temer havia liberado.
