Cotidiano

Nova diretora do INCA é empossada

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RIO – Residente e servidora do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) desde 2011, a médica Ana Cristina Pinho Mendes Pereira foi empossada nesta segunda-feira como a nova diretora-geral ? a primeira mulher a ocupar o cargo ? do instituto, com a presença na cerimônia do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, e do secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antonio Teixeira Junior. Ela sucede, no cargo, ao doutor Luis Fernando Bouzas.

Ana Cristina se disse otimista sobre o futuro da instituição e apontou para um alinhamento entre os níveis de governo municipal, estadual e federal ? fazendo inclusive uma mesóclise em “homenagem ao presidente Michel Temer”.

? Nosso país vive um difícil e crucial período de transição, de tomada de decisões seminais, que determinarão o nosso futuro como nação desenvolvida ou definitivamente ligada ao atraso. O câncer é um problema de saúde pública nacional e global considerando particularmente os fatores epidemiológicos que fazem com que as projeções para a doença avancem a cada dia. De acordo com as estatísticas do câncer para 2016 lançadas pelo INCA, o Brasil deverá ter 596 mil novos casos ? apontou a médica, especialista em anestesiologia.

Apesar de brincar que terá que enfrentar os “altos níveis de testosterona” no novo cargo, Ana Cristina prefere falar em mérito, em vez de uma marca de gênero.

? É claro que fico feliz em representar a força de trabalho feminina do INCA, mas ser a primeira mulher a assumir a direção-geral em 79 anos de história é apenas um detalhe que revela nada mais nada menos sintonia com os tempos atuais. Minha perspectiva é que gênero, cor, raça, opção e qualquer outro critério que não o mérito pessoal acabam por estigmatizar o valor do indivíduo e diminuir o valor da conquista.

A médica apontou como um dos grandes projetos à frente de sua gestão a construção de um campus integrado do instituto, atualmente à espera de uma licitação.

O secretário Francisco de Assis Figueiredo aproveitou a ocasião para exaltar a nova gestão no Ministério da Saúde, órgão ao qual o INCA é diretamente vinculado.

? Fizemos uma ação rápida de gestão. Nos 100 primeiros dias, acabamos com 400 cargos, renegociamos com a indústria farmacêutica, revimos contratos… Conseguimos uma economia de R$ 1,57 bilhão ? afirmou, garantindo a autonomia do instituto. ? Sabemos da autonomia desse instituto e da força que ele tem. Ele vai ser autônomo e terá toda a força necessária para seguir em frente.