Saúde

Nos últimos dois anos, Paraná não registrou transmissão originária de malária

Embora não exista um contexto endêmico no Paraná, que não registra há dois anos transmissão originária, o cuidado ainda é recomendado, principalmente a viajantes de locais que tenham altos índices do parasita, como a região amazônica, responsável por 89% de casos importados

Nos últimos dois anos, Paraná não registrou transmissão originária de malária

A secretaria estadual da Saúde celebra nesta segunda-feira (25) o Dia Mundial da Luta contra a Malária, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com a finalidade de reconhecer o esforço global para o controle da doença.

Embora não exista um contexto endêmico no Paraná, que não registra há dois anos transmissão originária no Estado, o cuidado ainda é recomendado, principalmente a viajantes de locais que tenham altos índices do parasita, como a região amazônica, responsável por 89% de casos importados.

Em relação aos estados, o Amazonas foi origem de 23% dos casos registrados no Paraná, seguido por Rondônia, com 21%, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net).

Em 2021, foram confirmados 44 casos no Paraná, com Curitiba e Foz do Iguaçu registrando os maiores índices, seis e oito diagnósticos, respectivamente. Já de acordo com os dados preliminares deste ano, 12 registros da doença foram confirmados. Um dado importante é referente ao perfil dos casos. Neste período, 77% corresponderam ao sexo masculino, com a faixa etária entre 25 e 44 anos, representando maior ocorrência.

A espécie parasitária mais comum no Estado é o Plasmodium vivax, com uma taxa de 77% das incidências. O secretário de Estado da Saúde, César Neves, relembrou que a atenção para os sintomas é fundamental para o rápido diagnóstico.

“Mesmo não tendo casos de transmissão no Paraná, é importante ressaltar o cuidado para os sintomas da doença, principalmente para as pessoas que viajam a regiões de maior incidência, como Amazônia ou países da África. Nosso Estado possui medicamentos antimaláricos nas farmácias especiais das Regionais de Saúde, além do exame laboratorial específico para sua detecção”, ressaltou.

Transmitida por meio da picada de um mosquito Anopheles infectado, a malária segue como uma das principais causas de morte no mundo. Em estudo recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde, foram registrados, em 2020, 241 milhões de casos da doença e 69 mil óbitos.

SINTOMAS – Os sintomas mais comuns da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese (produção e liberação de suor), e dor de cabeça. Caso a pessoal apresente sintomas após uma viagem para alguma região com notificações de transmissão da doença, é recomendado que o paciente vá à unidade de pronto atendimento mais próxima e informe o profissional de saúde sobre seu deslocamento, para que possa ser realizado o diagnóstico. Tipicamente, o paranaense que apresenta a malária pela primeira vez não possui, inicialmente, um ciclo intermitente típico da doença, mas sim períodos febris diários, com a manifestação mais incisiva dos sintomas após alguns dias.

AEN