Cotidiano

No Rio, Crivella e Indio selam aliança

INFOCHPDPICT000062098761RIO ? Após trocarem acusações sobre denúncias de corrupção no primeiro turno das eleições, os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Indio da Costa (PSD) formalizaram uma aliança, nesta quarta-feira, na sede do PSD, no Centro do Rio. Crivella convidou Indio para participar de seu governo, mas não quis adiantar qual secretaria o deputado federal poderia assumir.

? O Indio é um patrimônio político com experiência enorme na administração municipal. Eu fiz o convite e ele está pensando, mas seria um nome para engrandecer e dignificar a nossa administração.

Indio, que no primeiro turno chegou a afirmar que Crivella usava a estrutura da Igreja Universal em prol da sua candidatura, disse que desconhecia a liberdade religiosa com que o senador pretende conduzir a prefeitura do Rio. O deputado, que é católico, disse que restringiu seu apoio à garantia de que nem a Igreja Universal, nem o ex-governador Anthony Garotinho (PR), participarão de um eventual governo Crivella. O senador, que é bispo licenciado da Universal e aliado de Garotinho, assinou uma carta compromisso com Indio. No documento, ele também se compromete a não permitir que o ensino religioso seja obrigatório nas escolas.

? Não haverá participação de líderes religiosos da Igreja Universal aparelhando a prefeitura. Também não tenho compromisso com o Garotinho. Espero que esse assunto se encerre. Pode ser que não se encerre apenas no discurso desesperado do Marcelo Freixo (PSOL) ? disse Crivella, numa referência ao seu adversário neste segundo turno.

Indio aproveitou para se dirigir ao eleitores de centro e que deram a ele 9% dos votos, além dos eleitores dos candidatos Pedro Paulo (PMDB), Carlos Osório (PSDB) e Flávio Bolsonaro (PSC), para pedir o voto em Crivella. O candidato justificou a aliança pelo que chamou de “proximidade programática” entre PRB e PSD.

? O plano de governo dele (Crivella) está muito mais alinhado com o que penso para o Rio ao propor acabar com as filas para a saúde e também no papel da iniciativa privada. O Rio não aguenta mais radicalismos ? disse o deputado federal, se referindo à candidatura de Freixo. Ele ainda acrescentou que o centro político estava dividido no primeiro turno e que no segundo turno quem representa o centro é o candidato do PRB.

? Agora é a hora do centro político se unir. Que o eleitor faça uma reflexão e que não retrocedam às forças políticas do passado, que inclusive sofreram impeachment. Não houve golpe. A constituição foi respeitada. Então o Rio não é trincheira para qualquer tipo de ideologia.