Política

No primeiro dia na TV, Arruda e Rosinha atacam

Cascavel – Começou ontem a propaganda eleitoral gratuita e já na primeira aparição os candidatos ao governo do Estado mostraram o tom da campanha. Ratinho Júnior (PSD) criticou o “modelo político antigo e falido” e defendeu “romper com a velha política, acabando com mordomias e privilégios”. Em contradição, destacou ter sido o responsável por entregar “o maior número de obras” como secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, e fez questão de “esquecer” o nome do Governo Beto Richa (PSDB) do qual fez parte.

Um “erro técnico na claquete do material” deixou Cida Borghetti (PP) fora do primeiro dia. A assessoria da candidata disse que “o posto de atendimento às emissoras de rádio e televisão (pool) localizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) não aceitou exibir o material da coligação Paraná Decide”.

Já o TRE disse que houve um problema na identificação do material e no horário da entrega: “A claquete está diferente do mapa de mídia. E eles entregaram o mapa depois das 10h, depois do horário permitido", disse o assessor Marcio Jardim.

Mas daí entrou a estratégia do marketing. Pouco antes do início do horário na TV, a assessoria de Cida divulgou o vídeo pelas redes sociais como um “spoiler”, sem informar que não seria exibido.

Nele, Cida destacou o ajuste fiscal que teria permitido o Paraná a manter as contas em dia, mas também não citou seu antecessor. “Enquanto a maior parte dos estados brasileiros sofria para pagar os salários, o Paraná escrevia uma outra história graças a coragem de ter feito um ajuste fiscal com sucesso”, apontou o programa. “Na contramão do País, o Paraná cresce”.

O vídeo ressalta ainda a criação da divisão de combate à corrupção e a comunicação às concessionárias do pedágio sobre o fim dos contratos atuais, que expiram em 2021, ações feitas por Cida. “O Paraná é muito grande para ficar na mão de qualquer um”, diz ela no fim do programa. “Não basta querer. Tem que saber cuidar, saber fazer e saber governar”.

Ataque

Os dois candidatos que se intitulam de oposição “de fato” partiram para o ataque Tanto o deputado federal João Arruda (MDB) quanto o ex-deputado Dr. Rosinha (PT) não pouparam Ratinho nem Cida.

Arruda afirmou que nos últimos anos o Paraná foi refém de “um grupo político mais preocupado com o poder do que com as pessoas”. Que oito anos depois, o Estado tem menos crianças nas escolas, apesar do aumento da população, e com 90% das famílias endividadas. “O que mais assusta é que dois candidatos saíram de dentro do palácio”, e que “quem faz parte do governo não é mudança, é continuidade”. O emedebista afirma ainda que o eleitor precisa, nessa eleição, “saber bem quem são os candidatos”, para saber quem é realmente de oposição.

Rosinha usou o humor para tentar se diferenciar. Abriu o programa exibindo um boneco como candidato em campanha. “Sempre teve grana, quer ser governador. O cara é muito legal”. E segue: “Esse não sou eu. Enganar as pessoas na campanha dizendo que defende os pobres e depois no governo só governa para os mais ricos, isso não é comigo. Eu cresci, trabalhei na roça em Rolândia. Não sou piá de prédio”. Contou que, como médico, sempre trabalhou defendendo as causas dos mais pobres, das pessoas que são “exploradas governo após governo”.