Cotidiano

No Paraná, 2 jovens a cada mil serão mortos

São Paulo – Estudo coordenado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) aponta que o Brasil alcançou a marca de 3,65 adolescentes entre 12 e 18 anos assassinados para cada grupo de mil jovens. O número é o mais alto desde que começou a ser medido, em 2005. O IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) engloba os 300 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes e se baseia nos dados do ano de 2014 do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.

O Paraná tem o sexto menor índice do País – 22º no ranking, com índice de 2,60 adolescentes assassinados a cada mil jovens. Contudo, no ranking das capitais, Curitiba aparece em 20º e tem o oitavo menor índice do País: 2,66.

Quando avaliados os municípios mais letais, o Estado do Paraná registra os índices mais altos da Região Sul, incluindo municípios na faixa entre 2 e 4 – Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Paranaguá e Curitiba. Os municípios de Pinhais e Almirante Tamandaré são os casos mais dramáticos, ultrapassando o índice de 6 adolescentes vítimas de homicídios a cada grupo de 1000.

O trabalho é uma parceria com o Ministério dos Direitos Humanos do Brasil, o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Em alta

Conforme a pesquisa, os assassinatos dos adolescentes no Brasil vêm subindo de forma contínua desde 2012. Em 2011, registrou 2,8; em 2012, 3,3; em 2013, 3,4, até alcançar o nível atual (3,65). No início da série, em 2005, o IHA era de 2,8.

Há solução?

Os autores do estudo defendem o enfrentamento de vários setores contra o problema: "Os governos, a sociedade civil, a academia e os próprios jovens devem se mobilizar para evitar que o cenário atual se perpetue e se agrave nos centros urbanos do País, a partir de um compromisso público e da adoção de metas de redução da letalidade juvenil".