Economia

No oeste: Exportações crescem 25% e ultrapassam os US$ 2 bi

Em dez meses, o oeste já exportou mais de US$ 2 bilhões, dos quais quase metade (48%) é de um mesmo produto: carnes e miudezas de aves.

Foto: Arquivo
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Toledo – Na contramão do resultado nacional e estadual, que acumulam quedas de 6,8% e 13,6%, respectivamente, os oito maiores exportadores do oeste venderam 25,3% a mais neste ano em comparação a 2018.

Em dez meses, o oeste já exportou mais de US$ 2 bilhões, dos quais quase metade (48%) é de um mesmo produto: carnes e miudezas de aves.

As importações mantêm ritmo similar, e cresceram 23,8% nos dez meses do ano, totalizando US$ 502,46 milhões. Com isso, o superávit da balança no oeste, considerando os oito municípios que mais exportam, totaliza US$ 1,520 bilhão, 26% a mais que no mesmo período do ano passado (US$ 1,207 bilhão).

A China corresponde a mais de 32% das vendas feitas para fora do País a partir do oeste.

Ainda na liderança no oeste, e em sétimo na balança comercial estadual, Toledo continua sendo puxado pelas vendas de soja (66% do total vendido), que já somam US$ 282,19 milhões, valor 137% maior que o registrado no ano passado. No total do ano, o Município já vendeu quase o dobro (90,3%) que em 2018.

O oeste tem quatro dos 11 maiores exportadores do Estado, que, juntos, já venderam US$ 1,543 bilhão em dez meses, o equivalente a 76% exportado pelos oito maiores vendedores.

Mas esses valores poderiam ser melhores. Isso porque Matelândia e Foz do Iguaçu registram queda de 14% no ano, cada uma, em comparação ao acumulado de 2018.

Por município

Com 46% de toda sua exportação para a China (valor 177,3% maior que em 2018, totalizando US$ 197,17 milhões), Toledo tem ainda outros dois importantes parceiros comerciais: Espanha, que comprou US$ 48,76 milhões (11% do total) e Indonésia, US$ 31,59 milhões, correspondente a 7,4% do mercado.

Com crescimento de 39%, Cascavel está a menos de US$ 6 milhões para retomar a liderança nas exportações da região. O Município já vendeu US$ 422 milhões para fora do País neste ano, novo recorde. Um terço desse valor foi para a China (US$ 126,79 milhões), crescimento de 171,9% em relação ao ano passado. Perderam espaço neste ano Arábia Saudita, que comprou US$ 44,43 milhões, 22,7% a menos que em 2018, e Paraguai, que recebeu US$ 38,66 milhões em produtos saídos de Cascavel, valor 30,5% menor que o do ano passado.

O nono maior exportador do Paraná é Palotina, que faturou US$ 370,750 milhões nos dez meses deste ano, 32,5% a mais que em 2018. Mais de 40% das vendas foram para a China (US$ 152,46 milhões) e 15% faturados para o Reino Unido (US$ 54,18 milhões), ambos com alta em relação ao ano passado: 57,6% e 41,2%, respectivamente.

Logo atrás está Cafelândia, nono maior exportador paranaense, com US$ 321,44 milhões exportados em dez meses, valor 9,3% maior que o do ano passado. Desse total, 82% são carnes e miudezas de aves, valor 19,6% maior que em 2018. A China também lidera, com a compra de US$ 87,87 milhões (27% do total), seguida do Iraque e do Japão, ambos com 11% de participação, cada um.

No Paraná

No Estado, a soja é o principal produto exportado, correspondente a 20% das exportações, totalizando US$ 2,63 bilhões. Contudo, o valor representa uma queda de 40,5% em relação ao exportado nos dez meses de 2018.

Em seguida vem carne de frango, com 15% de participação da pauta de exportação, total de US$ 2,01 bilhões, alta de 5,1% em relação ao ano passado.

A China também é a principal compradora, representando 24,2% das exportações paranaenses, no total de US$ 3,21 bilhões, valor 35,2% menor que o comprado no mesmo período de 2018.

O segundo maior exportador também comprou menos este ano (-34,1%): a Argentina comprou 6,4% dos produtos paranaenses, no total de US$ 850 milhões.

A surpresa foram os Estados Unidos, com crescimento de 3,4%, totalizando US$ 777,3 milhões neste ano.