Esportes

No basquete, o barato que pode encarecer

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Shorts, camiseta, um bom tênis e o atleta amador está pronto para entrar em quadra preocupado apenas em acertar a bola na cesta. Nas escolinhas, as mensalidades são acessíveis e há opções em entidades públicas. A pegadinha financeira, no caso de esportes coletivos, está justamente no potencial do aluno. É que nas categorias de base, os recursos são mais escassos e parte das atividades são bancadas com a ajuda dos pais dos jogadores.

FEBRE OLÍMPICA – 2307

? Praticar basquete é bem simples e exige material mínimo. Quem entra para a equipe de treino começa a participar de torneios. O clube banca parte dos custos, mas os pais ajudam ? conta Rodrigo Kanbach, treinador do Clube Central de Icaraí, em Niterói, e de núcleos como o da Jr. NBA, na Rocinha.

O clube, explica ele, arca com os custos dos atletas e da comissão técnica. Para acompanhá-los, contudo, os pais devem pagar suas despesas, além de ajudarem no rateio de outras gastos.

É o caso do estudante Gabriel Machado, de 12 anos, que está na equipe do Central. Ele começou a jogar no clube há dois anos, quando seus pais pagavam cerca de R$ 120 por mês pela escolinha. Com o início dos treinos, as cifras mudaram.

? Na equipe, a família passa a fazer, se quiser, uma colaboração para o clube. Por outro lado, tem outros custos. Tivemos de levá-lo a um nutricionista, cuja consulta custa R$ 300 e, com isso, vieram novos gastos com alimentação. Nas viagens para competições, cada acompanhante paga R$ 50 ? explica o engenheiro José Fernando Machado, pai de Gabriel. ? Também há gastos com lanches, kits para primeiros socorros e outros. Mas apoiamos pelo prazer dele de jogar basquete.