Economia

No 7º mês seguido de alta, “prévia” do PIB é de 0,59% em novembro

O segmento cresceu 1,2% em novembro, sétimo resultado positivo consecutivo

Foto:Divulgação CNI
Foto:Divulgação CNI

Brasília – Após a forte retração nos meses de março e abril, em razão dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira apresentou o sétimo mês consecutivo de alta em novembro de 2020. Apesar do resultado positivo, o nível desacelerou na comparação com os meses anteriores e não atingiu patamar de antes da covid-19.

O Banco Central informou nessa segunda-feira (18) que seu IBC-Br (Índice de Atividade), uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto), subiu 0,59% em novembro ante outubro, na série já livre de influências sazonais, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. Em outubro, o avanço havia sido de 0,75% (dado revisado).

Assim como boa parte do mundo, para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril.

A partir de maio, o indicador apresenta uma sequência de altas, sempre na comparação com o mês anterior, e o número de novembro é o menor entre eles.

De outubro para novembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 136,61 pontos para 137,41 pontos na série dessazonalizada. Esse é o maior patamar desde fevereiro do ano passado (140,02 pontos), ou seja, de antes da pandemia.

Na comparação entre os meses de novembro de 2020 e novembro de 2019, houve baixa de 0,83% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 139,98 pontos em novembro, ante 139,14 pontos no mesmo mês de 2019.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 4,4%. Esse cálculo foi atualizado no RTI (Relatório Trimestral de Inflação) de dezembro.

 

PIB da China tem pior desempenho em 44 anos

Pequim – A China anunciou nessa segunda-feira (18) que a sua economia cresceu 2,3% em 2020, sendo um dos poucos países do mundo a registrar expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em meio à pandemia do coronavírus. Trata-se, no entanto, do crescimento mais fraco do país asiático em 44 anos.

O primeiro trimestre de 2020 foi marcado por uma queda de 6,8% na economia chinesa, que se recuperou ao longo do ano até alcançar um resultado positivo – no último semestre, foi registrado um crescimento de 6,5%.

O país foi o primeiro a impor restrições após identificar o surto do coronavírus na cidade de Wuhan, e também foi o primeiro a retomar sua atividade econômica após controlar o contágio enquanto o vírus se espalhava para outras partes do mundo.

Ning Jizhe, representante do Escritório Nacional de Estatística chinês disse que, em 2020, a economia chinesa “enfrentou uma situação grave e complexa tanto no país quanto no exterior […] devido sobretudo às enormes consequências da epidemia”.

Em 2019, antes da pandemia, o país registrou um crescimento de 6,1%, e esse já era o seu desempenho econômico mais fraco em três décadas.

 

Bolsa fecha em alta e dólar fecha em R$ 5,30 com começo da imunização

São Paulo – O mercado local operou com pouco fôlego nessa segunda-feira (18), dia em que começou a imunização contra a covid-19 no Brasil, apesar de um atraso na entrega das doses. A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou com alta de 0,47%, aos 121.241,63 pontos, enquanto no câmbio, o dólar ficou estável, com alta de 0,01%, a R$ 5,3047. A sessão de ontem ocorreu sem o apoio das Bolsas de Nova York, que estão fechadas devido ao feriado prolongado de Martin Luther King, nos Estados Unidos.

Como pano de fundo, os investidores receberam bem as últimas movimentações dos principais candidatos à Presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (PP-AL), que, embora sejam favoráveis à ampliação de programas sociais, reforçaram o compromisso fiscal ao longo do fim de semana.

“O Bolsonaro está jogando a sobrevivência do governo nessa eleição”, disse ontem o CEO da Arko Advice, Murillo de Aragão, em live da Genial Investimentos.

O Brasil deve ser, disse ele, entre as maiores economias do mundo, o mais atrasado na vacinação. Com um presidente hostil na Câmara e no Senado, isso pode trazer problemas ao presidente, destacou Aragão. “Para Bolsonaro, Arthur Lira ganhar a eleição é fundamental”, disse o analista político. Sobre as reformas, os dois nomes defendem as medidas, afirmou Aragão.

O início da vacinação, com a distribuição das primeiras doses de vacina aos estados, também teve impacto positivo.