O técnico Rogério Micale anunciou na manhã desta sexta-feira que Neymar será o capitão da seleção olímpica. Havia a expectativa, desde o fim da passagem da comissão técnica liderada por Dunga, de que o atacante do Barcelona deixasse de usar a braçadeira. No entanto, a decisão de Micale foi de mantê-lo.
O capitão, nos Jogos Olímpicos, é um posto com menos atribuições do que em outras competições. Não há, por exemplo, um troféu a erguer em caso de título. No entanto, a indicação de Neymar mostra que a comissão técnica tenta valorizar a presença de um dos três melhores jogadores do mundo num torneio sub-23.
– Não temos um troféu para levantar, são 18 medalhas para colocar no peito – disse Micale.
A braçadeira de capitão foi assunto polêmico durante a passagem de Dunga no comando da seleção. Thiago Silva, o capitão na Copa do Mundo de 2014, com o técnico Luiz Felipe Scolari, perdeu o posto para Neymar quando o treinador foi trocado. O zagueiro reclamou publicamente de que deveria ter sido avisado antes, e gerou uma crise.
O próprio Neymar foi contestado por suas atitudes em campo, com muitas suspensões por cartões amarelos e vermelhos, e, principalmente, fora dele. Há quem se queixe na CBF da excessiva exposição do atacante do Barcelona em festas e baladas, com fotos e vídeos em redes sociais. Quando a seleção foi eliminada da Copa América Centenário ao perder do Peru, Neymar usou palavrões para se solidarizar com os companheiros. E xingou parte da imprensa: “Agora vai aparecer um monte de babaca para falar merda”, escreveu no Instagram. Depois, pediu desculpas.
