Cotidiano

Negócios: Planejamento e sensatez ajudam a evitar falências

O consultor Marcelo de Oliveira fez uma leitura da atualidade empresarial brasileira durante recente encontro empresarial na Acipa em Palotina. Ele falou sobre a insolvência de empresas e ressaltou aspectos da crise e dos efeitos da má gestão no cotidiano dos negócios. No Brasil, 53% das empresas fecham as portas antes dos quatro anos de existência. “E não significa que boa parte das outras que não fecharam estão bem. Muitas estão com problemas e poderão vir a encerrar as suas atividades. Gestão, humildade e sensatez e planejamento ajudam a evitar falências”, afirmou.

Ao contrário de outros consultores, Marcelo diz que crise existe sim e elas precisam ser entendidas. “Reconhecer e entender a crise é um passo importante para definir as estratégias que devem ser adotadas para enfrentar e vencer as dificuldades”. O número de recuperações judiciais está em alta nos últimos anos e o processo traz um cenário de sérias dificuldades à empresa, explicou o consultor. Esse recurso geralmente é empregado pelas maiores e essa condição ocorre apenas depois de inúmeras providências na tentativa de acertar o caixa e buscar o equilíbrio das finanças.

O plano para sair das dificuldades precisa ser aprovado pelos credores e pelo juiz, que protege quem tem a receber e não a empresa. Quando essa situação se instala há várias consequências, como ausência de crédito, falta de capital de giro, alto custo financeiro e baixa autoestima que leva a um clima de tensão. A recuperação judicial não ocorre de uma hora para outra. Ela é resultado de anos de problemas e então, com esse status instalado, é difícil em pouco tempo solucionar pendências geradas durante um longo percurso.

Humildade para reconhecer problemas

A insolvência resulta de uma série de fatores, como plano ruim de negócios, gestão incompetente, má administração financeira e falta de lucro. O correto diante de situações de alerta é procurar conhecer a extensão e a gravidade da crise na empresa, buscar especialistas e as ferramentas certas para neutralizá-la. “É preciso fazer diagnóstico, não ter vergonha de dizer que está em dificuldades, fazer um estabelecimento de metas, acompanhar indicadores e promover todos os ajustes necessários para salvar o negócio”, disse o consultor de negócios Marcelo de Oliveira, em Palotina, durante evento organizado pela Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná. Entre os fatores mais comuns que conduzem a dificuldades nas empresas estão falta de capital de giro, pouco conhecimento, ausência de gerenciamento, pouca mão de obra qualificada, entre outras. Em uma era de tanta concorrência e margens de lucro reduzidas, contar com sistemas de gestão eficientes e orientação especializada é fundamental, diz Marcelo de Oliveira.