Cotidiano

'Não ligamos para quem governa os EUA', diz diplomata da Coreia do Norte

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NOVA YORK ? A Coreia do Norte não liga para quem é o novo presidente dos EUA, disse o diplomata responsável pela divisão de direitos humanos e assuntos humanitáriios do Ministério das Relações Exteriores do país. Independente da vitória de Donald Trump, Kim Yong Ho enxerga que é necessária uma mudança política.

? O que é aparente aqui é que não importa quem se torna presidente dos EUA. A questão fundamental aqui é se se os EUA têm ou não têm vontade política de retirar as políticas hostis diante de nosso país ? disse ele numa comissão da ONU dedicada a discutir abusos aos direitos humanos cometidos por Pyongyang.

A Coreia do Norte advertira nesta quinta-feira que Trump e seu futuro governo terão que tratar com um Estado Nuclear e qualificou as tentativas americanas de desnuclearização de ilusão obsoleta ? o país asiático tem impulsionado por conta própria testes nucleares, ameaçando nações vizinhas.

“Se há algo que o governo de Obama fez foi por em grave perigo a segurança do continente americano”, escreveu o jornal do partido único, o “Rodong Sinmun” em editorial. “Chega ao novo governo o ônus de ter que lidar com o estado nuclear de Juche”, doutrina ideológica da Coreia do Norte centrada na noção de autossuficiência, acrescenta o diário. O jornal não cita o nome de Donald Trump.

O coordenador dos serviços de inteligência americanos, James Clapper, declarou no fim de outubro que a tentativa de convencer Pyongyang a desistir de seu programa nuclear está condenado ao fracasso. Sob a presidência de Barack Obama, Washington se mostrou inflexível na rejeição de uma Coreia do Norte nuclear, condicionando qualquer diálogo a um compromisso, verificável, do país com a desnuclearização.

“A autoridades americanas devem tomar nota das declarações de Clapper. As esperanças americanas de desnuclearização da Coreia do Norte são uma ilusão obsoleta”, diz o jornal.