Cotidiano

?Não há mais espaço à política demagógica?

Para Osmar, a próxima eleição será vencida por quem melhor interpretar a mudança de comportamento dos eleitores

Cascavel – “Não vale a pena ganhar uma eleição mentindo. É preferível perder com dignidade, pois não há mais espaço à política demagógica”, sentenciou o ex-senador Osmar Dias ao percorrer o Show Rural, ontem, na companhia do empresário Assis Gurgacz, do deputado federal Assis do Couto e do deputado estadual Nelson Luersen, entre outros.

“Estou com disposição total para enfrentar esse desafio. É uma missão, não é uma questão de vaidade. O Estado precisa de gente séria para enfrentar a crise, que não vai terminar amanhã”, emendou, confirmando sua pré-candidatura à sucessão de Beto Richa. “Não posso falar que sou candidato a governador como se estivesse tomando um copo de chope num boteco, mas uma coisa eu garanto: me preparei a vida inteira para isso. Eu já perdi eleição pra mentira, pra falácia, pra promessa. No entanto não mudei, continuo o mesmo. Sou sincero e falo a verdade como ela deve ser dita”, reforçou.

SENSIBILIDADE

Para Osmar, a próxima eleição será vencida por quem melhor interpretar a mudança de comportamento dos eleitores. “Aconteceu de tudo nas eleições municipais do ano passado, mas percebemos uma mudança muito grande no eleitorado, que entendeu que quando se paga imposto e se vota em pessoas erradas essas pessoas vão roubar o dinheiro do seu imposto”.

“Acredito que em 2018 a gente possa inaugurar uma nova fase, deixando de lado a política tradicional, do tapinha nas cotas, do loteamento do Estado. Pois isso tem um preço muito caro para o produtor, para o empresário, para o trabalhador, enfim, para todos”, emendou.

SEM PRECIPITAÇÃO

Falando com uma franqueza peculiar a poucos políticos, Osmar Dias confirmou em Cascavel que já está conversando “com praticamente todos os partidos” sobre 2018, mas acrescentou que “tratar de aliança agora seria uma precipitação imensa”. Sobre sua permanência ou não no PDT, adiantou que tudo vai depender da posição do partido em relação à questão nacional. “Já deixei claro à direção nacional que vou apoiar o meu irmão (Alvaro, do PV) para presidente”, revelou, deixando em aberto a possibilidade de trocar de sigla.