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Murray se aproxima de Djokovic e pode virar número 1

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A escalada do ?Highlander? não para. Em Viena, o escocês Andy Murray obteve mais uma vitória em busca de um ano inesquecível na carreira. O tenista britânico derrotou o francês Jo-Wilfried Tsonga, conquistou o título do ATP da capital austríaca, somou a melhor pontuação da carreira e já pode, na próxima semana, alcançar o pico do ranking masculino do tênis.

Foi o sétimo título do ano para o tenista, que conquistou dois Masters 1.000 ? em Roma e em Xangai ? e um Grand Slam em Wimbledon. Não menos nobre, apesar de não dar pontos ao ranking, foi o ouro olímpico no Centro Olímpico de Tênis do Rio-2016. Um ano de sonho, beneficiado por más fases e ausências de seus principais rivais do ranking, mas sem dúvida favorecido por um tênis mais consistente, alcançado por um atleta que sempre conviveu com críticas sobre seu pode de decisão.

O golpe de misericórdia na liderança do croata Novak Djokovic, que atravessa um péssimo segundo semestre, pode ser dado no Masters 1000 de Paris. Tudo depende de conquistar o título e torcer para que Djokovic caia antes de chegar às semifinais.

Mesmo assim, o tenista das Highlands é ponderado ao falar de suas chances de assumir a liderança ainda neste ano.

? Fico um passo mais próximo a cada vitória, mas ainda é um longo caminho até lá ? disse o escocês? Ir do número 2 ao número 1 parece um pequeno salto, mas é o mais difícil de se dar. É muito mais fácil ir de 100º a 50º.

ELOGIOS DE DJOKOVIC

O desempenho do adversário escocês em Viena arrancou elogios do atual líder.

? (Murray) está jogando, certamente, o melhor tênis de sua carreira ? disse Djokovic em entrevista coletiva, ao ser questionado sobre a diferença entre os dois na tabela, agora de 415 pontos.

Murray bateu o rival Tsonga por 2 sets a 0, parciais 6/3 e 7/6 (6), em 1h50m de jogo. Uma partida em que era franco-favorito, por dois motivos.

O primeiro era seu amplo retrospecto de 13 vitórias suas contra 2 do francês. O segundo era a forma física: enquanto Tsonga batalhou por quase três horas na semifinal contra o também croata Ivo Karlovic, a classificação de Murray à final foi automática, graças à desistência do semifinalista espanhol David Ferrer.

Determinado, quebrou o serviço do adversário logo no segundo game, decretando 3/0. Desperdiçou outras duas chances de quebra no primeiro set e mesmo assim concluiu o placar em 6/3, diante de um impotente Tsonga.

O segundo bloco foi de novo iniciado com o escocês quebrando o serviço do francês. No desenvolvimento do set, Tsonga ensaiou uma reação e quebrou Murray no oitavo game, levando a etapa a 4/4. No tie-break, o escocês mostrou maior efetividade e fechou a parada em 8/6.

A disputa do Masters 1000 de Paris começa hoje em Bercy e vai contar com as presenças de Murray, Djokovic e do número três do mundo, o suíço Stan Wawrinka. Estão fora por problemas físicos o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer, últimos ocupantes do topo do ranking antes de Djokovic. A final acontece no dia 6 de novembro.