Cascavel – Professores, representantes de escolas, gestores e secretários de Educação dos municípios que fazem parte da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) participaram ontem de uma reunião em Cascavel, organizada e coordenada pelo Departamento de Educação da associação.
O objetivo foi discutir o plano de trabalho para o período de fevereiro a setembro deste ano para a Educação Básica, envolvendo os alunos da educação infantil, e anos iniciais do ensino fundamental e inclusivo.
Dentre os assuntos discutidos está a elaboração de uma estratégia de colaboração dos sistemas de ensino das cidades, incluindo entidades como APP-Sindicato, Conselhos Estadual e Municipais, e entidades como Unioeste, para o enfrentamento da pandemia.
De acordo com o prefeito de Palotina, Jucenir Stentzler, este ano, duas secretarias terão muitos desafios pela frente. “2021 vai exigir muito de duas secretarias específicas, a da Saúde e da Educação. Sou médico e tenho presenciado diariamente a situação preocupante da pandemia. Devemos voltar às aulas dentro do protocolo estabelecido, mas não podemos deixar de ter atenção e cuidado com transtornos psiquiátricos e psicológicos que os alunos podem apresentar daqui para frente. Além dessas, outras inúmeras dificuldades vão exigir estrutura das nossas equipes nos municípios e precisamos tomar atitudes em conjunto”.
A secretária de Educação de Foz do Iguaçu, Maria Justina, disse que, na cidade, o retorno às aulas está previsto para 5 de fevereiro, com ensino híbrido, mas que ainda aguarda uma posição do governo do Estado. “O Estado do Paraná sinalizou que volta dia 18 de fevereiro e nossa ideia é antecipar um recesso que temos em julho para as primeiras semanas de fevereiro e então iniciar as aulas depois do dia 15. O que definimos também é que as aulas do primeiro trimestre deste ano serão apenas de revisão e reforço do conteúdo de 2020. No início da pandemia, 60% dos nossos alunos não tinham acesso a computador, por exemplo”, explica a secretária de Foz.
Segundo ela, todas as escolas estão preparadas para o retorno presencial. “Já realizamos a compra de todos os EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] para atender todas as escolas da cidade. Nós nos antecipamos com medo de que, caso a demanda aumente, os materiais faltem e, por isso, adquirimos jalecos, protetores faciais, máscaras e frascos de álcool em gel, totens, lixeiras, para proporcionar segurança nesse retorno a alunos e profissionais”, ressaltou a secretária.
Durante o encontro foi decidido que as cidades não obedecerão protocolo único e que cada município vai desenvolver estratégias e realizar ações para que o ano letivo seja conduzido com responsabilidade e segurança.
Reportagem: Patrícia Cabral
