Cotidiano

Municípios da região estouram em horas extras

Prefeitos explicam que maior dificuldade é cortar excesso de trabalho na área da Saúde

Santa Tereza do Oeste – Das maiores dificuldades dos municípios que fazem parte da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), o acúmulo de horas extras é um ponto importante e que está tirando o sono dos prefeitos. Isso porque alguns municípios começaram 2017 com alto saldo de horas extras, pagamento de gratificações e, como consequência, índice prudencial estourando.

Um dos municípios com muita dificuldade é Santa Tereza do Oeste. “Pegamos o município com o limite prudencial acima do permitido de 54%, em 55,65% [da receita líquida]. Hoje estamos com 51,08%. Isso com 442 funcionários e muita hora extra para ser compensada. E sem contar as gratificações. Mais da metade dos servidores as recebia. Cortei tanto as gratificações quanto as horas extras dos funcionários para voltar, pelo menos, aos 50% da receita”, conta o prefeito de Santa Tereza do Oeste, Élio Marciniak.

Só a Prefeitura de Santa Tereza pagou em janeiro deste ano R$ 334 mil, referentes a INSS, FGTS, seguro de vida, horas extras, entre outros, referente à folha de dezembro. 80% das gratificações e horas extras foram cortadas, ficando apenas as gratificações obrigatórias e casos em que servidores precisam fazer transporte de pacientes a hospitais.

Em municípios como Quatro Pontes, por exemplo, a maior dificuldade em cortar as horas extras é a necessidade de deslocamento na área da saúde. Isso porque o Município não tem hospital e precisa deslocar para outros locais. “Com frequência os motoristas precisam levar pacientes a Curitiba, a Cascavel e acaba fazendo horas extras. Conseguimos diminuir nossos índices e agora estamos em 40% no limite prudencial”, revela o prefeito de Quatro Pontes, João Laufer, que esteve presente em reunião da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) em Cascavel.

A mesma situação se repete em Lindoeste: “Temos 267 servidores. Diminuímos as horas extras e gratificações em 20% mas acabamos, ainda, pagando muito na área de saúde. Temos hospital municipal, mas para especialidades precisamos transportar para Cascavel, por exemplo”, explica o prefeito da cidade, José Romualdo Pedro.