Cotidiano

Município divulga estratégia para acabar com filas na saúde de Cascavel

Rede especializada não foi ampliada na proporção desejada

Município divulga estratégia para acabar com filas na saúde de Cascavel

A secretaria de Saúde de Cascavel informou na tarde desta segunda-feira (11) que o município está desenvolvendo uma estratégia para diminuir a espera por consultas e exames. Além disso, foi divulgado um levantamento com as consultas e exames represados nos últimos quatro anos no município.

Clique aqui e veja a avaliação consultas exames

A ampliação do repasse de recursos ao CISOP (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) também deve aumentar o número de consultas de especialidades. A secretaria também pretende realizar um mutirão de consultas extras com os profissionais já existentes no período noturno e finais de semana, após a inauguração da nova sede do CISOP.

O levantamento

Segundo o levantamento, houve um aumento de 50% para 80% na cobertura da atenção básica, fazendo com que mais pacientes tenham acesso aos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde).

Em janeiro de 2017 o município tinha 41.821 pacientes na fila de espera para consultas de média complexidade. Esse número passou para 50.326 pacientes em janeiro de 2018, 48.832 em janeiro de 2019 e 35.151 em janeiro de 2020. Em janeiro de 2021 a fila de consultas é de 35.866, o que gerou redução de 16,6%, em relação à 2017.

O número de pacientes que aguardam na fila de espera para exames de média complexidade subiu de 41.821 em 2017 para 61.060 em 2021, um crescimento de 31,5%. Para diminuir a fila, o secretário de Saúde, Thiago Stefanello, informou que o município aprovou o credenciamento de prestadores públicos e privados para realizar esses exames. Assista a fala do secretário:

 

Segundo as considerações da secretaria, quanto mais pacientes são atendidos na rede de atenção primária e na rede de urgência, mais exames e consultas especializadas são solicitadas, mas ao contrário dessas redes, a rede
especializada não foi ampliada na proporção desejada, por diversos motivos:

• Os preços dos exames e consultas oferecidos pelo consórcio estão defasados;

• Prestadores preferem realizar atendimento à saúde suplementar;

• Prestadores não possuem documentação completa, como certidões negativas, para participar do chamamento público;

• Prestadores disponibilizam poucas consultas ou exames, que não suprem a demanda dos municípios;

• Todas as consultas e exames disponibilizadas pelo CISOP são divididas entre os 25 municípios da 10a Regional de Saúde;

• Pacientes que possuem priorização médica são atendidos de forma prioritária, e como a oferta de consultas e exames não supre a demanda, alguns pacientes passam a ficar na fila por um tempo bastante prolongado em
certas especialidades;

• Uma média de 20% dos pacientes faltam em consultas e exames, tirando a vez de outro paciente que aguarda na fila;