Cotidiano

Município aguarda posicionamento sobre reprogramação

Prefeitura já notificou a empresa para que retome as obras, mas a mesma contranotificou o Município solicitando compatibilização de projeto

Cascavel – O movimento no Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) começa cedo. Por volta das 7h os primeiros ônibus vindos de diversas cidades da região estacionam na sede que há anos já não comporta mais tantos atendimentos. A solução já foi encontrada, os recursos, tanto do Governo Federal quanto Estadual, já foram repassados, mas até agora não há nem previsão de quando o Cisop vai mudar de lugar. O problema seria, segundo a 10ª Regional de Saúde, da Prefeitura de Cascavel.

De acordo com o ex-diretor, Miroslau Bailak, a construtora responsável pela obra, que já começou a ser erguida há dois anos, está com a construção estacionada há um bom tempo. “Não sei ao certo o que aconteceu, mas por parte do Governo do Estado e também do Federal, tudo o que era para ser repassado já foi. Faltaria apenas a parte de mobiliário e aparelhos, o que só será entregue quando a construção terminar”.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde, que informou por meio de nota que a prefeitura já notificou a empresa para que retome as obras, mas a mesma contranotificou o Município solicitando compatibilização de projeto, referente ao estrutural, elétrico, gases medicinais e drenagem externa.

Conforme a Secretaria, as adequações solicitadas pela empresa já foram feitas por profissionais da prefeitura e do Cisop e toda documentação já foi encaminhada à Caixa Econômica Federal para avaliação e aprovação da reprogramação da obra.

Já a Caixa Econômica, por sua vez, solicitou a retificação e apresentação das alterações aprovadas pela Secretaria e Bombeiros. Assim que as modificações e a reprogramação forem aprovadas pela Caixa, a empresa será novamente notificada para que normalize a construção. Caso isso não ocorra, a prefeitura abrirá um processo administrativo contra a empresa.

A reportagem questionou a Secretaria se essa reprogramação na obra terá algum impacto financeiro, mas não houve retorno.

MARCAÇÕES

Consultas podem ter espera de mais de um ano

Sentada no banco à espera da irmã, que consultava com um ortopedista, Maria Zaira Almeida aguarda há mais de um ano para ser atendida com um especialista. “Tenho problemas para andar, já consultei várias vezes na UBS [Unidade Básica de Saúde] do Colmeia e até agora não houve encaminhamento e não sei nem quando vou ser atendida”. Conforme Maria, a consulta de sua irmã demorou cerca de um mês para ser marcada.

A reportagem questionou o Município em relação a demora, mas passadas quase duas semanas, não houve retorno.

Um dos problemas citados pelos pacientes é a falta de médicos especialistas. Conforme o ex-diretor da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak, o SUS paga aos médicos do Cisop R$ 10 por consulta, valor que segundo ele não é reajustado há 12 anos. “Para tentar atrair os profissionais, os gestores dos municípios decidiram pagar um valor a mais por consulta. No final o médico recebe, a cada consulta, R$ 33”.