Cotidiano

Mulheres protestam no Complexo da Papuda após DF cancelar visitas

BRASÍLIA – Mulheres que visitariam detentos do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, foram impedidas de entrar no local pela Polícia Militar na manhã desta quarta-feira. Houve um tumulto que precisou ser contido com gás de pimenta. As visitas foram suspensas pela Secretaria de Segurança do Distrito Federal depois que o serviço de inteligência do órgão identificou que havia o risco de as mulheres, boa parte delas parentes dos presos, serem feitas de reféns pelos detentos.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança, o plano estava sendo supostamente tramado pelas mulheres, que se aproveitariam do fato de os presos estarem sendo vigiados por um número reduzido de agentes penitenciários. Desde o dia 10 de outubro, os agentes estão em greve. Apenas uma parte do efetivo permanece trabalhando.

Com a confusão do lado de fora, os presos, dentro, também iniciaram um tumulto. Segundo a Secretaria de Segurança, os agentes conseguiram controlar os detentos e a situação está ?estável?.

De acordo com o portal de notícias ?G1?, a Secretaria de Segurança informou nesta terça-feira que mobilizaria policiais civis, militares, bombeiros e agentes do Detran para garantir a revista dos visitantes. Eles trabalhariam em conjunto com os agentes que não aderiram à greve. A previsão era de que os presidiários recebessem apenas duas visitas por mês, todas de mulheres (mãe ou companheira, desde que maior de idade). Normalmente, são quatro visitantes. Esta é a terceira semana em que há suspensão de visitas desde o início da paralisação.