RIO – A animação da Disney ?Mulan?, que conta a saga de uma jovem que se passa por homem para assumir o lugar de seu pai no Exército chinês, foi alvo de críticas por parte do vice da chapa republicana para a Presidência americana e governador de Indiana, Mike Pence. O texto foi originalmente publicado em 1999 na página do programa de rádio que o republicano apresentava na época, ?The Mike Pence Show?, e o portal Buzzfeed trouxe o artigo à tona.
Segundo Pence, o filme seria uma tentativa ?liberal maliciosa? de influenciar ?o debate sobre o papel das mulheres nas Forças Armadas?. O artigo afirma que a animação tenta convencer o público sobre a capacidade de homens e mulheres lutarem lado a lado, algo que o republicano considera uma ?má ideia?.
?Apesar de suas características delicadas e sua voz, a Disney espera que nós acreditemos que a ingenuidade e a coragem de Mulan eram suficientes para levá-la ao sucesso militar em equidade com os seus companheiros?, afirma o artigo.
O relacionamento entre Mulan e o comandante do Exército seria a prova da impossibilidade da igualdade de gênero nas Forças Armadas, de acordo com Pence. Ele diz que manter jovens homens e mulheres no ?auge do potencial físico e sexual? não seria aconselhável, porque fatalmente haveria algum envolvimento íntimo entre eles:
?Muitos jovens homens acham jovens mulheres sexualmente atraentes. Muitas jovens acham homens jovens atraentes. Coloque-os juntos em quartéis, por um longo período de tempo, e as coisas vão ficar interessantes. Assim como foi para a jovem Mulan. Moral da história: Mulheres no Exército, má ideia?.
No Exército americano, as mulheres eram proibidas de servirem na linha de frente de combates até 2013. Em dezembro de 2015, o secretário da Defesa, Ash Carter, anunciou que todas as posições das Forças Armadas seriam abertas para ambos os gêneros.
