Cotidiano

Mulher de atirador da boate Pulse é indiciada por ligação com ataque

SÃO FRANCISCO ? A mulher do atirador responsável pelo massacre em uma boate gay em Orlando (EUA), em junho, foi acusada formalmente nesta terça-feira por terrorismo e obstrução da Justiça. Noor Salman, de 30 anos, terá de responder em uma corte federal de Oakland por acusações de ter ajudado e depois acobertado o marido, Omar Mateen, morto na cena do ataque, que deixou 49 mortos.

? Nada pode apagar a dor que todos sentimos devido ao assassinato brutal de 49 dos nossos vizinhos, amigos e familiares. Mas, hoje, existe algum alívio por saber que alguém será responsabilizado por esse crime horrendo ? declarou o chefe de polícia de Orlando, John Mina, referindo-se ao indiciamento de Salman.

Salman havia sido presa na segunda-feira pelo FBI, nos arredores de São Francisco, na Califórnia. O indiciamento acusa a viúva do atirador de tê-lo auxiliado a conseguir material para realizar o ato terrorista, além de ter enganado as autoridades no início das investigações. O documento não dá detalhes de como Salman teria realizado as ações.

Logo após o atentado, ao ser interrogada pelo FBI, Salman negou que soubesse das intenções do marido e disse que Mateen tinha costume de agredi-la fisicamente. A advogada da mulher do atirador, Linda Moreno, reiterou a versão nesta terça-feira:

? Noor contou as histórias do abuso que sofreu nas mãos dele (Mateen). Acreditamos que é errado indiciá-la e que punir uma pessoa inocente é uma desonra à memória das vítimas ? disse Moreno.

A procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, havia declarado na segunda-feira que a linha de investigação não diz respeito apenas às ações do atirador, mas também à busca de pessoaas que tivessem conhecimento do ataque. Mateen, que declarou lealdade ao Estado Islâmico durante o tiroteio na boate Pulse, em Orlando, estava casado com Salman desde 2011.