Cotidiano

Mudanças na visão e no olfato podem ser sintomas de Alzheimer, diz estudo

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RIO – Mudanças sutis no olfato e na visão podem ser indicadores para detectar mais cedo o surgimento do Mal de Alzheimer, dizem novos estudos publicados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, em Toronto, no Canadá, que ocorre esta semana.

Segundo pesquisadores da Universidade de Columbia, a dificuldade de identificar vários odores é um sintoma que pode prever a transição para a demência. No trabalho, pesquisadores deram tiras com odores para 397 pacientes com idade média de 80 anos, pediram que eles identificassem os cheiros e acompanharam os resultados por 4 anos.

Alzheimer

Aqueles que foram diagnosticados com demência tiveram resultados piores, identificando menos odores. Cerca de 50 pessoas tiveram demência ao longo dos quatro anos. Dos 397, 20% tiveram algum declínio em capacidade cognitiva.

“Essas descobertas mostram que a identificação de odores é um sintoma para detectar cedo a doença, sugerindo indiretamente que o problema pode chegar antes da demência”, diz Seonjoo Lee, líder da pesquisa, em nota à imprensa.

Já um estudo da Universidade de Oxford mostrou que há uma relação entra a espessura das camadas de fibras nervosas da retina e a habilidade cognitiva.

Essa camada diminui com a idade, ficando mais fina. Entretanto, o estudo, que analisou dados de mais de 33 mil pacientes, mostrou que pacientes idosos com ela mais fina têm resultados piores em habilidades numéricas, argumentação verbal e tempo de reação.

Juntos, os resultados podem gerar testes mais baratos e menos invasivos para detectar o Alzheimer. Hoje, os principais testes são imagens do cérebro, com exames que usam radiação.