Cotidiano

MPRJ diz que vai continuar colaborando com a Lava-Jato

Moro.jpg SÃO PAULO ? O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) divulgou nota afirmando que vai continuar colaborando com a Lava-Jato e que o pleno êxito da operação será atingido quando houver “capilarização de seus resultados pelas demais esferas de investigação e jurisdição”. O juiz Sérgio Moro seguiu decisão da força-tarefa do Ministério Público Federal e negou o compartilhamento de provas com os promotores do Rio de Janeiro, que buscavam informações para inquéritos civis que investigam atos de improbidade administrativa na Prefeitura e no governo do estado.

O MPRJ investiga 16 contratos, entre eles os do Maracanã, do Porto Maravilha, do parque Olímpico, da Linha 4 do metrô, da Transcarioca, da Supervia e da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). A maioria delas tem participação do Grupo Odebrecht.

Ao negar o compartilhamento, Moro afirmou em despacho que é difícil apreciar o pedido de compartilhamento sem delimitação do objeto dos inquéritos e das ações civis em curso no Rio de Janeiro.

Disse ainda que a Polícia Federal (PF) sequer terminou de examinar o material apreendido e está em andamento acordo de colaboração dos executivos da Odebrecht com a Procuradoria Geral da República. “Nesse caso, é conveniente que qualquer compartilhamento aguarde o momento próprio, quando provavelmente as provas estarão mais maduras. Evidentemente, caso identificados crimes de competência da Justiça Estadual do Rio de Janeiro, isso será encaminhado oportunamente àquele Estado”, afirmou o juiz.

Na nota, o MPRJ afirma que antes mesmo de ser deflagrada a fase inicial da Operação Lava-Jato, colaborou com os Procuradores da República, encaminhando cópias e até alguns dos autos de inquéritos civis, com o propósito de colaborar com atuação força-tarefa. Depois do início da Operação, lembra a nota, foram realizadas reuniões entre o MPRJ e o MP Federal com o objetivo de esclarecer o que já vinha sendo investigado em diversas frentes de combate à corrupção. Esse histórico, reafirmou, foi que levou ao pedido de compartilhamento de provas.