Esportes

MPF pede afastamento imediato de presidente da CBDA

O Ministério Público Federal vai pedir, nesta quarta-feira, o afastamento imediato do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes Filho. Na ação, também será solicitado o bloqueio dos bens de Coaracy e outros três dirigentes da CBDA. A suspeita do MPF e da Polícia Federal de São Paulo é de que houve superfaturamento em licitações de material esportivo supostamente voltados para a formação de atletas da maratona aquática, do polo aquático e do nado sincronizado. As informações são do “Bom dia Brasil”.

Apesar de a sede da CBDA ficar no Rio de Janeiro, a empresa de fachada supostamente usada no esquema de superfaturamento ficaria em São Paulo. Diretores de outras cinco empresas estariam envolvidos na fraude. Todos os acusados teriam envolvimento na aquisição de euipamentos para os atletas que representaram o Brasil na Rio-2016. Natação Brasil Olimpíada

O nome da empresa de fachada usada na fraude é a Natação Comércio de Artigos Esportivos Ltda., apontada na investigação como uma das maiores fornecedoras da CBDA. Agentes federais foram à sede da empresa, na Zona Oeste de São Paulo, e lá encontraram um pet shop.

De acordo com a investigação, a CBDA conduziu a licitação de modo a contratar a empresa de fachada para, então, superfaturar os valores na compra dos equipamentos. Também não há comprovação do recebimento dos itens licitados.

No pedido do bloqueio dos bens dos acusados, as cifras estão estimadas em R$ 4,5 milhões. A procuradoria que assina a ação também solicita o afastamento imediato de Coaracy, que preside a CBDA desde 1989, há 27 anos. Em março de de 2013, ele foi reeleito para seu sétimo mandato na instituição. No contrato fechado com a Natação Comércio de Artigos Esportivos Ltda, em 2014, os valores são de R$ 1,5 milhão.

A solicitação de bloqueio dos bens de Coaracy seria para o ressarcimento dos cofres públicos e pagamento de multas. Na licitação de 2014, as outras quatro empresas concorrentes foram descartadas porque tinham sócios em comum ou parentesco com dirigentes da CBDA. De acordo com a investigação, isso também faria parte do esquema de irregularidades para que a Natação Comércio de Artigos Esportivos Ltda saísse vencedora da licitação.