Cotidiano

MPF denuncia 26 pessoas pelo rompimento da barragem de Mariana

RIO – O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 26 pessoas, sendo 21 por homicídio doloso, pela tragédia ocorrida com o rompimento de uma barragem, em novembro de 2015, em Mariana, Minas Gerais. Na ocasião, 19 pessoas morreram. A conclusão das investigações foi apresenta nesta quinta-feira, em Belo Horizonte.

Entre os denunciados por homicídio estão Ricardo Vescovi, diretor-presidente licenciado da Samarco, Kléber Terra, diretor-geral de operações, três gerentes operacionais da empresa, 11 integrantes do Conselho de Adminsitração da Samarco e cinco representantes da Vale e BHP Billiton, donas da Samarco, na governança da mineradora. Eles também são acusados dos crimes de inundação, desabamento, lesão corporal e crimes ambientais.

Em entrevista coletiva, o procurador da República José Adércio Leite Sampaio afirmou que a investigação se baseia em três eixos, entre elas a penal, com a responsabilização das pessoas consideradas responsáveis pelas mortes e pelo dano ambiental provocado. A omissão, segundo ele, foi levado em consideração:

? A barragem de fundão apresentava sinais claros de que poderia se romper. Esse rompimento se tornou cada vez mais indicativo no final de 2014.

MAIOR DESASTRE AMBIENTAL DO BRASIL

O acidente ocorrido no dia 5 de novembro de 2015 é considerado o maior desastre ambiental do Brasil. A barragem do Fundão, da mineradora Samarco, se rompeu por volta das 16h. O resultado foi o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério. As imagens de destruição ganharam o mundo. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Outra consequência foi a poluição do Rio Doce e danos ambientais que se estenderam aos estados do Espírito Santo e da Bahia.