Policial

Mortes no trânsito: uma triste estatística

Janeiro de 2018 termina com uma triste estatística: foram três mortes no trânsito em Cascavel. O que mais chama atenção: todas no perímetro urbano, o que não costumava ser comum, visto que as rodovias sempre lideram os acidentes mais graves.

A mais recente ocorreu na noite de segunda-feira, na Avenida Assunção, em frente ao Terminal Rodoviário em Cascavel. Uma motocicleta seguia pelo local quando acabou batendo em um pedestre.

Com o impacto, Neri Tricialkocki, de 50 anos, foi arremessado por cerca de 20 metros. No chão, ficaram as marcas de sangue da vítima, que foi atendida pelo médico do Siate, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da ambulância. Segundo informações de populares, o homem atravessou a rua sem olhar para o lado e aparentava ter ingerido bebida alcoólica. Nos arredores do local do acidente, há vários estabelecimentos comerciais que vendem bebidas.

Os dois ocupantes da moto também ficaram feridosEles foram levados à UPA Veneza.

No último domingo, um homem morreu no trânsito após sofrer um mal súbito. O motorista do carro, identificado como Lindolfo Romão, de 55 anos, perdeu o controle da direção, bateu na mureta de proteção da Avenida Piquiri, foi atendido pelo Siate, mas não resistiu.

 

Primeiro caso

O primeiro caso do ano foi registrado logo nos primeiros dias de 2018. Foi na Rua Xavantes, no Bairro Santa Cruz. O motociclista bateu em um caminhão e a moto pegou fogo. O piloto da moto chegou a ser internado, mas morreu no dia seguinte.

 

Imprudência

O perfil dos acidentes graves tem mudado em Cascavel. O que antes só ocorria nas rodovias, agora é visto, infelizmente, nas ruas da cidade. De acordo com o Corpo de Bombeiros, em todos os casos, há imprudência, imperícia ou negligência de uma das partes envolvidas nos acidentes. “Quando chegamos para o atendimento, o acidente já aconteceu. Mas pelo que as pessoas nos relatam, sempre um atravessou o sinal vermelho, ou excedeu a velocidade, ou fez uma ultrapassagem perigosa, mesmo dentro da cidade. É importante ressaltar que os acidentes só ocorrem porque as pessoas não respeitam as normas de trânsito”, lamenta a tenente Marcela Schwendler, relações públicas do 4º GB.

 

Ações intensificadas

A Cettrans conta com um programa de Educação no Trânsito, voltado para todas as faixas etárias. Neste ano, a Companhia vai intensificar as ações educativas para pedestres e crianças e, por meio do Projeto Rua Segura, está trabalhando dentro das escolas, com professores, alunos e comunidade. De acordo com dados registrados pela Cettrans, o número tanto de acidentes quanto de mortes diminuiu. Em 2016, foram 3.730 acidentes, 1.228 vítimas feridas e 26 mortes. Em 2017, 3.624 acidentes, 1.192 vítimas feridas e 21 mortes.