Cotidiano

Moro condena Dirceu a 23,3 anos de prisão

A sentença trata do pagamento de R$ 56,8 milhões em propinas pela Engevix, integrante do cartel de empresas que, em conluio com políticos, fatiava obras na Petrobras

Brasília – O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, foi condenado a 23 anos e três meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva, pertinência (participação) à organização criminosa  e lavagem de dinheiro por seu envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato. A sentença do juiz federal Sérgio Moro foi divulgada na manhã de ontem. Foram condenadas ainda outras 10 pessoas, incluindo o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Dirceu, que também já havia sido julgado por seu envolvimento no esquema do mensalão, foi condenado pelo recebimento de propina paga pela empreiteira Engevix e por dissimulação e ocultação de bens provenientes do pagamento de propina. Desde o início do processo, a defesa de Dirceu nega as irregularidades atribuídas a ele.

A sentença trata do pagamento de R$ 56,8 milhões em propinas pela Engevix, integrante do cartel de empresas que, em conluio com políticos, fatiava obras na Petrobras. O montante é referente a 0,5% e 1% de cada contrato e aditivo da empresa em obras da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, na refinaria Presidente Bernardes, na refinaria Presidente Getúlio Vargas e na refinaria Landulpho Alves.

De acordo com a sentença, Dirceu recebeu um total de aproximadamente R$ 15 milhões em propinas.