Cotidiano

Moreira Franco volta a dizer que governo não aceitará que Brasil pague mico internacional

RIO – O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos da república, Moreira Franco, está no Rio para participar do evento “Segurança jurídica e governança na contratação de obras públicas”, promovido pela Fundação Getúlio Vargas. Na ocasião, ele voltou a dizer que o governo do presidente interino Michel Temer não vai permitir que o Brasil pague mico na Olimpíada, numa referência à liberação de recursos que deve ser oficializada nesta segunda-feira ao estado do Rio, na ordem de R$ 3 bilhões.

– O compromisso do governo federal é com a Olimpíada, com o Comitê Olímpico Internacional (Coi) e com o governo do estado do Rio, que vive uma situação terrível. Funcionários não estão recebendo, serviços essenciais estão parando. Evidentemente, neste quadro, o governo federal precisa ajudar o estado, a população, os servidores e também não pode permitir que se pague um mico internacional nos JOgos Olímpicos – afirmou Moreira Franco.

No entanto, não quis dar detalhes sobre o que será oferecido aos outros estados da União, em uma reunião que ocorre hoje em Brasília com governadores:

? Quem fala sobre isso é o Tesouro e Fazenda. A expectativa é que se encontre uma solução. Há compromissos do governo federal com as Olimpíadas, o COI e o Estado do Rio, que vive uma situação terrível. Os funcionários aposentados não estão recebendo. Serviços essenciais estão parando. Nesse quadro, é necessário não só ajudar os servidores, mas a população. E não podemos pagar um mico internacional. Eu creio que o governo do Michel não vai aceitar que nós brasileiros paguemos esse mico. A imagem do país está muito ruim ? ressaltou o secretário, durante seminário na FGV Rio.

Na reunião marcada para esta segunda-feira com governadores, o presidente interino Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vão propor aos governos estaduais uma carência do valor total das parcelas por dez meses. Uma proposta nesses moldes daria um alívio imediato de pelo menos R$ 5 bilhões ao Rio de Janeiro e de cerca de R$ 30 bilhões para todos as unidades da federação. Os montantes não pagos serão acumulados no estoque da dívida.