Cotidiano

Morar perto de rodovias movimentadas aumenta risco de demência, diz estudo

2016_898810705-2015_805298206-2015_805238943-2015040510631.jpg_20150405.jpg_.jpg RIO- Um estudo publicado na revista “Lancet” revelou que pessoas que vivem próximas de grandes rodovias são mais suscetíveis a desenvolver demência. De acordo com a pesquisa, de 7% a 11% dos casos da doença de pessoas que vivem a cerca de 50 metros de distância de estradas principais podem estar relacionados ao tráfego. poluição

Segundo o estudo, a poluição e o barulho são os principais fatores que influenciam a ocorrência da doença nas pessoas que moram próximo a locais com tráfego intenso. Os cientistas estabeleceram comparações utilizando o número de casos em determinadas faixas de proximidade das estradas.

A pesquisa foi feita no Canadá e analisou a incidência da demência em uma população de 2 milhões de pessoas ao longo de 11 anos. Os resultados indicaram que, em comparação com pessoas que viviam a 300 metros de distância de vias principais, as pessoas que moravam a 50 metros desses locais tinham risco 7% maior de desenvolver demência. O percentual caiu conforme a distância de grandes estradas aumentou.

Os participantes que viviam entre 50 e 100 metros de distância dessas rotas apresentaram risco 4% maior em relação aos que estavam 300 metros mais longe. No caso dos que estavam entre 101 e 200 metros, o risco foi 2% mais alto.

“O aumento do crescimento populacional e a urbanização colocaram muitas pessoas próximas ao tráfego pesado, e com uma exposição generalizada ao tráfego e taxas crescentes de demência, mesmo um efeito modesto dessa exposição às estradas pode representar uma grande carga para a saúde pública” afirmou o médico Hong Chen, do departamento de Saúde Pública de Ontário, à BBC.

As partículas poluentes produzidas nessas rodovias seriam as principais vilãs. Os cientistas destacaram os altos níveis de óxido de nitrogênio, por exemplo. Além disso, o barulho excessivo também estaria relacionado à ocorrência dos casos de demência.