Cotidiano

'Morar nessas condições não existe, diz Osorio a morador do Santa Marta

RIO – Em visita à comunidade Santa Marta, em Botafogo, na manhã desta quarta-feira, o candidato Carlos Osorio (PSDB) prometeu concluir um prédio inacabado, cujas obras se arrastam desde 2012 e foram abandonadas pela Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop). O candidato foi questionado por um morador que construiu sua casa numa área considerada de risco pela Fundação GeoRio, órgão da prefeitura.

Osorio disse que, se for eleito, fará uma nova inspeção no local para ver se a área é realmente de risco:

? Primeira coisa que temos que ver é se é ou não área de risco. Não sou técnico. O que posso garantir é que vamos concluir aquela obra ali. Eu sei que é do governo (do estado), mas ele está quebrado. Se a gente for esperar o governo do estado, aquilo vai cair. Temos que fazer uma parceria com governo do estado e o governo federal para concluir aquela obra. Isso aqui não existe. Morar nessas condições não existe. Sei que é a necessidade, mas não é adequado um cidadão da nossa cidade morar numa condição dessa. É uma vergonha para todo mundo ? afirmou Osorio.

No ano passado, dez barracos de madeira e alvenaria, construídos no local, foram demolidos pela prefeitura. Na falta de uma solução habitacional, os moradores refizeram suas casas na área de risco pouco tempo depois. A construção do primeiro de quatro prédios estava prevista na segunda fase das obras de urbanização na comunidade, orçada em R$ 8,77 milhões. De acordo com o projeto seriam erguidas 64 unidades habitacionais, na área conhecida por Campo do Tortinho. A segunda fase também incluía a melhoria de 225 moradias, a construção de um centro comunitário e o reflorestamento de áreas devastadas por ocupações irregulares.

Em conversa com o presidente da Associação de Moradores do Santa Marta, José Mario Hilário, Osorio também prometeu lançar, no primeiro semestre de 2017, um projeto para melhorar o saneamento básico em 25 comunidades do Rio, incluindo o Santa Marta, com Parcerias Público-Privadas (PPPs).

? Toda a parte de obras será da prefeitura, e o operador privado vai operar o sistema. Não vamos fazer uma licitação enorme. Vamos dividir em pequenos blocos para poder ter, como parceiros, empresas médias ? afirmou.