No começo da Rua Parecis, no Bairro Santo Onofre, zona oeste de Cascavel, um problema estrutural tem tirado o sono dos moradores, especialmente quem tem criança. É que por ali, na baixada, passa o Córrego Bezerra. De um lado da pista está tudo certinho, com calçada e grade de proteção. Do outro, não há segurança alguma. A calçada termina praticamente dentro do córrego e não existe equipamento de segurança.
“Será que vão esperar alguém morrer para vir arrumar isso aqui?”, diz, revoltada, a motorista Ivone Conceição Mendonça. É que ela mora bem perto do local e não esconde sua preocupação: “Passam muitas crianças por aqui o dia todo. E isso desse jeito, um perigo só! Eu mesma não vi funcionários da prefeitura aqui, nem para consertar nem mesmo para olhar”.
A dona de casa Lenita da Silva precisou tomar precauções: “Não deixo nem a minha filha andar na rua sozinha, ou mesmo brincar com as outras crianças, porque, com essa ponte desse jeito, é impossível. O local é muito perigoso”.
Morador arrependido
Daniel Cardoso veio de Santa Catarina para Cascavel e se instalou no Bairro Santo Onofre. Hoje, diz que está arrependido: “Já me arrependi de vir morar aqui. São tantos problemas no bairro… e tem ainda esse do lado de casa…”, diz, em alusão à obra inacabada. “Olhe o perigo dessa ponte. De noite, no escuro, alguém pode cair ali porque a calçada termina bem no meio do rio”.
Sobras do Ecopark devem dar fim ao problema
O engenheiro Jefferson Valcanover, da Secretaria de Obras de Cascavel, informou que o dinheiro que sobrou da licitação do Ecopark Oeste deve ser usado para a construção de cinco novos bueiros ao longo do Córrego Bezerra, dentre eles esse, da Rua Parecis. “Mandamos as sugestões de uso do dinheiro para a Itaipu. Estamos aguardando o retorno. Assim que tivermos o aval, vamos terminar esses projetos, fazer os orçamentos e encaminhá-los para licitação”.
À frente das negociações com Itaipu, o secretário de Meio Ambiente de Cascavel, Wagner Yonegura, adianta que verbalmente está tudo certo: “Só estamos aguardando o retorno da documentação. Mas está tudo certo para o Município usar esse dinheiro para realizar obras suplementares no Córrego Bezerra. É só uma questão de tempo”.
