RIO – Mais um indicador aponta para a redução da velocidade de queda na atividade econômica. A economia brasileira recuou 0,86% no trimestre encerrado em abril, em relação ao trimestre anterior, no menor ritmo de queda em quatro trimestres seguidos, segundo os dados no Monitor do PIB-FGV, um indicador feito com a mesma metodologia usada para calcular o Produto Interno Bruto (PIB) do IBGE .
Em relação a igual período de 2015, a perda foi de 4,6%, a menor taxa em três meses. De acordo com o coordendor do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, os resultados podem estar apontando para reversão no declínio na atividade econômica, embora ainda negativos.
A taxa mensal do PIB caiu 1,1% em abril, frente a março. Na comparação com abril de 2015, a queda foi de 4,2%. Das 12 atividades que compõem o PIB, apenas duas não registraram taxas negativas: eletricidade, com alta de 6%, e serviços imobiliários, com 0,2%. Os piores resultados vieram de extrativa mineral (-10,6%), indústria de transformação (-6,7%) e comércio (-9,1%).
Já o resultado acumulado nos doze meses encerrados em abril ficou em 4,8%. É o pior resultado de toda a série histórica, iniciada em 2000, e a 16ª taxa negativa seguida.
Nesta quinta-feira, o Banco Central também divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), outro indicador considerado prévia do PIB. A atividade econômica registrou variação positiva de 0,03% na passagem de março para abril, descontando os efeitos sazonais. Já em 12 meses, a taxa está no vermelho em 5,41%. Com o resultado positivo de abril, o índice encerrou uma sequência de 15 meses seguidos no território negativo. A última vez em que o IBC-Br tinha registrado aumento foi em dezembro de 2014.