Uma das principais casas que atendem dependentes químicos anunciou o fim dos trabalhos a partir do dia 15 de março. O Molivi (Movimento para Libertação de Vidas) há mais de três décadas atende pessoas de Cascavel e de outras cidades. Na sexta-feira (23), em reunião com familiares dos internos, a diretoria comunicou a decisão.
O pastor Milton Cesar Fontoura Alves, presidente da entidade, diz que a situação financeira do Molivi se tornou insustentável. A casa não tem apoio do poder público e se mantém com ajuda de igrejas e voluntários. “Estou há mais de cinco meses tentando um horário para falar com o prefeito e não consegui até a presente data”, relatou o presidente. Com frequência a entidade realiza eventos, como almoços e jantares, para angariar fundos.
O pastor Milton diz não saber o que irá acontecer com internos a partir do dia 15, quando a instituição será fechada. “Como pastor e presidente do Molivi meu coração dói diante desta situação”, afirma.
Emenda Orçamentária
No ano passado, o Legislativo aprovou uma emenda, de autoria do vereador Celso Dal Molin (PR), que destina uma rubrica à entidade por meio da Secretaria de Saúde, que ficaria responsável também em contratar funcionários para o Molivi. Na prática, a Secretaria de Saúde assumiria a responsabilidade financeira com a entidade e daria toda a assistência necessária. A rubrica foi incluída no Plano Plurianual, Lei Orçamentária Anual e Lei de Diretrizes Orçamentárias. O problema é que a estrutura do Molivi precisaria ser adequada para se adequar às exigências da Secretaria de Saúde.
Manifestação
Após o comunicado, familiares de internos iniciaram uma mobilização e prometem uma manifestação amanhã, às 14h, em frente à Prefeitura. Eles prometem cobrar do poder pública ajuda para que a entidade não feche as portas.
