Cotidiano

Modelos com câncer desfilam linha de lingerie feita para pacientes com a doença

64864101_Double mastectomy breast cancer survivor Ericka Hart presents creations from the AnaOno col.jpg NOVA YORK- Mulheres que sobreviveram ao câncer de mama, algumas com punhos levantados e cicatrizes descobertas, desfilaram lingeries de uma marca feita para pacientes com a doença, durante a semana de moda de Nova York. A iniciativa angariou fundos para organização #Cancerland, que oferece apoio a pacientes com câncer.

A premiada atriz Mira Sorvino apresentou o “AnaOno Intimates Show” que expôs modelos de lingerie desenhados para pacientes que fizeram mastectomias ou cirurgias reconstrutoras. Durante o evento, mais de uma dúzia de modelos desfilaram com peças de renda e crochê pela passarela. Aproximadamente metade delas tinham câncer avançado e apresentavam metástase, segundo a designer Dana Donofree, fundadora da marca.

64864141_Double mastectomy breast cancer survivor Aniela McGuinness presents creations from the AnaO.jpg “Eu me sinto poderosa, me sinto realmente poderosa. Estou cansada de me sentir envergonhada por ter câncer e não ter seios como uma mulher”, afirmou a modelo Chiaro D’Agostino, de 45 anos, que recebeu diagnóstico de câncer de mama em 2016.

Dana perdeu os dois seios devido à doença e decidiu lançar a marca após fazer uma cirurgia reconstrutora e perceber que os modelos tradicionais de lingerie não se adaptavam bem ao seu corpo.

64864147_A model presents creations from the AnaOno collection a show modeled by women from the grou.jpg “É um momento muito importante para elas passar por essa experiência, porque o câncer de mama tomou conta de seus corpos. Precisamos expor isso a esse nível, e levar as pessoas a saberem que é uma doença e as mulheres morrem por isso”, afirmou Dana.

64864421_Models presents creations from the AnaOno collection a show modeled by women from the group.jpgPaige Moore, de 24 anos, cruzou a passarela apenas cinco semanas depois de fazer uma mastectomia dupla preventiva. Ela passou pela cirurgia após testar positivo para BRCA1, uma mutação genética que pode aumentar o risco de desenvolver a doença.

“Eu me senti sexy, me senti bonita e fiquei orgulhosa. Pensava algo como ‘olha como essas cicatrizes são sexy e incríveis, e eu estou aqui, estou viva e me sentindo bem. Isso é tudo o que importa”, afirmou.